Por Mauro Cassane
Editor do Portal
A Volvo não conheceu crise no ano passado em nenhum mercado em que atua. Vendeu 115.346 caminhões ao redor do mundo, volume 53% superior ao resultado de 2010 (veja matéria publicada no dia 13 de fevereiro). No Brasil em especial, de acordo com resultados divulgados hoje, a empresa bateu seu recorde histórico tanto em volume de vendas, como na maior participação no mercado e, obviamente, no melhor faturamento.
Além disso, os caminhões produzidos na planta de Curitiba, PR, com o câmbio mais favorável, conquistaram outros mercados sul-americanos e as exportações deram um salto de 120% em relação a 2010 (passaram de duas mil unidades). “Sem dúvida, os resultados de 2011 foram os melhores em toda nossa história de 34 anos produzindo no Brasil”, comemora Roger Alm, presidente de vendas e marketing de caminhões do Grupo Volvo na América Latina.
Considerando os segmentos de semipesado e pesado a Volvo abocanhou 17,1% do mercado nacional no ano passado, sua melhor marca em mais de três décadas de Brasil. Na América Latina, com a venda de 25.213 caminhões, a empresa contabilizou faturamento da ordem de 5,2 bilhões de dólares, 22% a mais do que em 2010. Sozinho, o mercado brasileiro representa 74% deste volume (e deste valor).
Com o recorde de vendas no País, a Volvo também celebra resultados positivos de seu braço financeiro que liberou ao mercado 1,8 bilhão de reais no ano passado para aquisição de caminhões, ônibus e equipamentos de construção da marca (31% das vendas da marca no País). Para Márcio Pedroso, presidente da Volvo Financial Services Brasil, 80% do volume de negócios financiados pelo Banco Volvo são da modalidade Finame.
Segundo Pedroso, a carteira de financiamentos do banco da marca vem apresentando crescimento de 10% a 15% nos últimos anos no País. “Os financiamentos no Brasil já representam 17% do volume total financiado por nosso banco em todo o mundo”.
Executivos da Volvo não esperam para este ano resultados semelhantes a 2011, contudo, demonstram otimismo. Para Bernardo Fedalto, promovido de gerente para diretor de caminhões da Volvo, “o mercado nacional de caminhões pesados vai ficar estável em torno de cem mil unidades por ano. Por conta desta troca de tecnologia (de motorização Euro 3 para Euro 5) é certo que vamos vender um pouco menos este ano, mas ainda assim esperamos um volume total muito positivo, possivelmente melhor que os resultados de 2010”.
Fedalto disse que ainda restam alguns caminhões da marca com motorização Euro 3 em estoque, mas garantiu que, considerando o atual ritmo das vendas, “em meados de março só teremos modelos Euro 5 para entrega”.
