70% dos empresários do transporte não acreditam em alta da economia em 2014, aponta estudo

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou nesta segunda-feira (24) a Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014 – Fase 1. O levantamento mostra as perspectivas dos transportadores do setor nos modais rodoviário, aquaviário e ferroviário.

Foram ouvidos mais de 500 empresários do transporte rodoviário de cargas e de passageiros, das empresas de navegação marítima e interior e também representantes de concessionárias de transporte ferroviário de cargas. Do total de entrevistados, 70,9% não acreditam no crescimento da economia brasileira e, consequentemente, do PIB (Produto Interno Bruto) em 2014.

Em 2013, 42,9% dos entrevistados acreditavam no aumento do crescimento econômico. Já no segundo semestre do ano passado, a proporção era de 30,3%. “Esse resultado pode estar relacionado também, entre outros fatores, à elevação da taxa de juros, à expectativa de elevação do preço dos insumos e à dificuldade do governo federal em realizar os investimentos necessários”, diz o presidente da CNT, senador Clésio Andrade.

Sobre as expectativas em relação às obras de infraestrutura também cresce a desconfiança (52,3%). Para a maior parte deles, o menor desempenho da economia é consequência da política econômica adotada no país (78,9%), contra 20,1% que acreditam haver reflexos de crises econômicas referentes a outros países.

A falta de planejamento é apontada como o principal motivo para que o governo não realize os investimentos autorizados. Quase a metade dos entrevistados (49,7%) acredita na manutenção das atuais condições de infraestrutura de transportes e 27,6% consideram que vai melhorar. “O investimento em infraestrutura, a desoneração do diesel, redução da carga tributária e a desburocratização são questões apontadas como urgentes para serem solucionadas”, diz Andrade.

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