O problema do combustível irregular

(00:02) A apresentação começa a bordo de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, ressaltando que mesmo equipamentos sofisticados dependem de combustível de qualidade para funcionar corretamente.

(00:41) É reforçado que o combustível afeta a economia, o desempenho operacional e — principalmente — a segurança de quem dirige caminhões.

(01:19) Um estudo da Instituto Combustíveis Legais, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), identificou que em 2024 cerca de 2 em cada 10 caminhões no Brasil circularam com diesel adulterado — mais de 5,5 bilhões de litros fora das especificações.

(01:49) A irregularidade varia por estado: por exemplo, em Alagoas foram 24%, Mato Grosso do Sul 18%, Amapá e Rio Grande do Sul 15%, Bahia 13% e São Paulo 11%.

(02:20) O especialista Giles Greenberg aponta boas práticas: abastecer em postos de confiança, garantir que o armazenamento do combustível seja bem feito, e que o operador cuide bem do sistema no caminhão.

(02:44) Em caminhões modernos (norma Euro 5/Euro 6) é necessário usar diesel “S10” (10 ppm de enxofre) para preservar injetores, catalisadores e sensores.

(03:34) O diesel “S500”, mais antigo, é indicado apenas para motores fabricados antes de 2012 — usar esse combustível em motores modernos pode causar danos e até anular garantias.

(04:08) Como o biodiesel absorve mais água e facilita a formação de borras e microorganismos, no Brasil (onde há participação obrigatória de biodiesel) os cuidados com o sistema de combustível precisam ser intensificados.

(05:00) Um caminhoneiro relata prejuízo de cerca de R$12.000 após parar por contaminação de combustível que danificou bomba, bico e demais componentes.

(05:34) Estudo da Techaco mostra que 8 em 10 paradas por falhas mecânicas poderiam ser evitadas com manutenção preventiva; frotas com cronograma de cuidados têm mais de 90% de disponibilidade operacional.

(06:01) Dica de quem já trabalhou em posto: escolha um local que realize a drenagem semanal do tanque (exigida por lei), que faça filtragem adequada — esse cuidado reflete em segurança para quem abastece.

(06:44) Checklist de bordo: todo dia verificar acúmulo de água no separador de filtros, confirmar uso de Arla 32 genuíno, guardar o comprovante de abastecimento para eventual recurso, e atender sinais do caminhão (ruído, perda de força, consumo elevado).

(07:22) Conclusão: mesmo com o cenário difícil de preços e fretes, manter combustível correto + manutenção em dia não é luxo — é essencial para rodar, gerar lucro e preservar vidas.

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