Sistema SCR dificulta “gambiarras” no motor

Por Fábio Rogério
da Redação do Portal

Para os mal intencionados, já damos o recado: o sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva) dificulta as “gambiarras”, ou seja, as tentativas de mexer no motor para que ele rode com diesel de baixa qualidade.

“Para os novos caminhões trabalharem, o óleo diesel tem que ser o S-50. Todo motor e o conjunto será monitorado por sensores. Se colocar um diesel ruim, o rendimento vai cair, e o motor não funcionará bem”, explica Nilo Sérgio de Lima, engenheiro mecânico e representante de serviços da fabricante chinesa Sinotruk.

“Em princípio, as gambiarras estão afastadas. A tecnologia será toda estrangeira, há sensores eletrônicos, e o rendimento do motor será bom somente se for utilizado o diesel correto”, completa Lima.

A empresa oriental já possui cerca de 800 caminhões rodando em todo o Brasil, e a cada mês inaugura novas concessionárias. Hoje, cerca de 30 revendas operam em todo o País. E a partir de janeiro de 2012, os modelos Sinotruk terão o sistema SCR para atender às normas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).

Tecnologia não aceita diesel ruim

Na Scania, os caminhões receberão componentes novos como o catalisador, o tanque de uréia e um módulo eletrônico que fará todo o controle da operação. Celso Mendonça, responsável pela área de Pré-Venda da Scania no Brasil, ressalta que o uso de um diesel diferente do S-50 será prejudicial: “O abastecimento com diesel que tenha teor de enxofre superior a 50 partes por milhão poderá danificar os componentes do sistema”.

O executivo da fabricante sueca também não acredita na gambiarra. “Não será possível. Todo o processo é controlado de forma eletrônica e não há como fazer interferências na programação”, conta.

Os veículos que atenderão ao Proconve-7 passam a contar com um sistema chamado OBD (On Board Diagnostics) para monitorar o nível de emissões. O OBD é a garantia para o transportador e para o motorista de que o veículo não emitirá poluentes em níveis acima do estabelecido pela legislação.

“O OBD será responsável pelo monitoramento dos sistemas de injeção, admissão de ar e gases de escape, além do nível do tanque de Arla. Caso os níveis de poluentes estejam acima do permitido, o motorista será avisado através do computador de bordo e por meio de um sinal no painel. O motorista terá até 48 horas para acertar o nível de emissões (com o Arla 32 ou o diesel correto), ou o próprio sistema reduzirá o torque do motor em até 40%”, explica Celso Mendonça.

Imagem: Divulgação Scania

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