Agropecuária e indústria impulsionam alta de 6,89% nas vendas de implementos até agosto

As vendas de implementos rodoviários de janeiro a agosto de 2013 foram 6,89% superiores ao mesmo volume do ano passado. Nos oito meses do ano, a indústria produziu e entregou 116.354 unidades, ante 108.853 de 2012. Os dois segmentos de produtos da indústria – Reboques e Semirreboques (Pesados) e Carroceria sobre Chassis (Leve) – apresentaram desempenho alinhado com alguns índices divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o PIB do segundo trimestre, que foi de 1,5%.

O setor Pesado registrou aumento de 30,35% nas vendas de janeiro a agosto de 2013, sobre igual período do ano passado. No segundo trimestre, agropecuária e indústria, segundo os dados do IBGE, puxaram o crescimento do PIB com 3,9% e 2% respectivamente de variação positiva. “O segmento de Reboques e Semirreboques atende em grande parte as grandes movimentações de carga em setores como agropecuária e indústria. Isso significa que o aquecimento nesses setores se refletiu positivamente nas vendas de implementos rodoviários”, explica Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).

Já no setor de Carroceria sobre Chassis, o resultado foi 4,06% negativo no mesmo período e em comparação a 2012. No levantamento do IBGE, o setor de serviços teve 0,8% de crescimento. “Esse segmento da economia é bastante focado nas cidades e uma fatia de suas atividades envolve a movimentação de carga urbana, onde estão concentrados os produtos do setor de Carroceria sobre Chassis”, diz Mario Rinaldi, diretor executivo da ANFIR.

De acordo com os dados estatísticos completos do IBGE, no primeiro semestre de 2013, o PIB registrou alta de 2,6% e no acumulado de 12 meses, a economia expandiu 1,9%. Para o presidente da ANFIR, esses são sinais positivos que, junto com as atuais condições de financiamento oferecidas pelo BNDES no PSI/Finame, deverão se refletir positivamente nos negócios do setor.

“O PSI/Finame com a taxa fixa até o final do ano permite que o mercado se programe”, afirma. O programa teve início com taxa de juros de3% de 1º de janeiro a 30 de junho e passou em 1º de julho a 4% que vigorará até 31 de dezembro. “A fixação de duas taxas, uma para cada semestre, foi uma experiência bem sucedida”, celebra.

Por isso, Braga ressalta que é fundamental que o setor conte em 2014 com a mesma previsibilidade que teve em 2013. O momento para essa decisão, de acordo com o presidente da ANFIR, seria ainda no mês de setembro. “As entregas de implementos rodoviários são feitas 90 dias em média após a aquisição. Sem a regra definida para o próximo ano pode haver antecipação de compra, desequilibrando o mercado. Assim é fundamental termos o mesmo programa com taxas fixas para o ano como forma de manter o desenvolvimento da indústria de implementos rodoviários”, conclui.

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