Alta do roubo de cargas no Brasil reforça necessidade do gerenciamento de risco

por Leandro Tavares,
da redação para o Brasil Caminhoneiro

Somente em 2014 foram registrados 17,5 mil casos de roubo de carga no Brasil. O número representa um alta de 16% em relação a 2013. O prejuízo revela um número ainda mais assustador: R$ 1 bilhão. Por conta desse cenário, a importância de possuir seguro do caminhão e contratar uma gerenciadora de risco é cada vez maior. No entanto, serviços como estes ainda são vistos pelo transportador como algo caro e que atua como um “dedo-duro”, tirando algumas liberdades na definição da própria rota.

“Sempre trabalhamos com nossos clientes a construção de regras que sejam factíveis e que de fato diminuam o risco de suas operações”, afirma Pablo Aguerre, diretor de operações da AngelLira. “É importante também que o fator risco seja incorporado ao dia-a-dia dos transportadores autônomos, ressaltando que este controle é definido através do Plano de Viagem, no qual é estipulada a rota e pontos de parada no decorrer da viagem”.

Como funciona o gerenciamento?

Com um amplo mercado no Brasil, o gerenciamento de risco passou a ser disputado, com várias opções de fornecedores. Há inclusive fabricantes de caminhão que já instalam um rastreador na linha de montagem. “Sugerimos a aquisição de equipamentos completos e com a tecnologia hibrido (celular+satélite), equalizando o transporte para qualquer segmento ou seguradora”, aconselha Aguerre.

Com o equipamento é possível ter acesso a dados da operação. Desta maneira, o motorista nunca está sozinho nas estradas. “Controlamos eventos do rastreador para garantir a integridade. Podemos exemplificar isso em avaliar se o equipamento está ligado, se os periféricos estão atuando e com a posição de GPS atualizada”, explica o executivo. “Monitoramos também as regras definidas entre o autônomo e o embarcador, como locais de parada e pernoite, rota prevista, horários permitidos para circulação e etc. Todas estas regras estão descritas em um documento construído a quatro mãos chamado de PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos)”, conclui.

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