Eu estava vendo aqui os dados da pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Cloro-Álcalis (Abiclor), sobre o perfil dos caminhoneiros que transportam produtos químicos. É interessante notar que aumentou a idade média dos profissionais que fazem o transporte de produtos desse setor no Brasil – de 42 para 46 anos. Aliás, a maioria desses motoristas trabalha com carteira assinada, possui segundo grau completo e está dirigindo em torno de uma hora a menos por dia. A jornada de trabalho passou de 7,3 horas viajadas em 1997 para 6,3 horas este ano. Isso mostra que tantos as empresas como os caminhoneiros estão conseguindo maior eficiência em seu trabalho. Ou seja, rodando por menos horas, o motorista fica mais descansado, reduzindo, assim, o risco de acidentes nas estradas.
Outra coisa: quando se analisa o aumento da idade dos motoristas, podemos perceber a importância que as transportadoras estão dando à política de manter por longos períodos profissionais com experiência comprovada no transporte de produtos químicos. A pesquisa mostra, portanto, que a rotatividade nesse segmento de transporte é baixa. Na média, os entrevistados trabalham em torno de 5,6 anos na mesma empresa. Esse é um aspecto positivo, pois com mais tempo de casa as empresas têm condições de oferecer treinamento constante.
Boa surpresa também foi o grau de escolaridade do pessoal. Mais da metade completou o segundo grau. Ao compararmos com a mesma pesquisa feita em 2015, quando a maioria tinha apenas o primeiro grau completo, houve uma melhora no nível de escolaridade. Ou seja, profissionais mais bem informados, com mais educação formal, trabalham melhor, ganham mais, tem maior estabilidade no emprego e rodam com muito mais segurança.