Na tarde desta quarta-feira (23) acontece em Brasília uma reunião na Casa Cívil entre o ministro dos Transportes, Valter Casemiro, o ministro da secretaria de governo Carlos Marun e o diretor geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Mário Rodrigues com a Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros).
Os resultados do encontro será divulgado pelo presidente da associação, José Fonseca Lopes, às 17h em Brasília. As principais reivindicações dos protestos são a mudança na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras e a redução da carga tributária para o diesel. Para o Governo, uma intervenção na Petrobras não está na mesa, fazendo com que um acordo possa ser possível por meio de redução nos impostos sobre o diesel.
Política de preços
A atual política de reajustes da Petrobras foi adotada em julho do ano passado. Ela é bem-vista por investidores por acompanhar o padrão adotado em outros países, e alterá-la agora seria interpretado pelo mercado como intervenção do Governo na estatal.
Com essa nova política, os valores dos combustíveis sofrem alterações diárias que acompanham a cotação internacional do petróleo e a variação do câmbio. Como o dólar e o preço do óleo tiveram repiques, o valor do diesel saltou. Em um mês, o litro do diesel na bomba subiu 4,9%, de R$ 3,42 para R$ 3,59, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
PIS/Cofins também pode ser reduzido
Durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília nesta quarta-feira o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que será incluído no projeto de reoneração da folha de pagamento uma redução “transitória” do PIS/Cofins. “Vamos discutir um percentual transitório do PIS/Cofins até o final do ano para que a gente possa dar nossa contribuição nessa crise nesse momento do diesel”, explicou Maia.
“Nós estamos discutindo a ajuda dentro de uma realidade fiscal que é dramática”, afirmou. “O imposto que mais impacta o combustível é o ICMS. Agora, a gente sabe a condição fiscal dos governadores. Aqueles que tiverem condição de, de forma transitória, reduzirem o ICMS ótimo, mas não dá para pressioná-los.”
Com informações da Folha de S. Paulo
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil