Pelo menos mil veículos carregados enfrentam dificuldades em um trecho não pavimentado da BR-163
O governo ainda não conseguiu cumprir a promessa de entregar a pavimentação da BR-163 neste ano, compromisso assumido um ano atrás pelo Palácio do Planalto. A estrada que se transformou na principal rota rodoviária de escoamento de carga do País segue enfrentando filas de caminhões, paralisações e atoleiros.
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O compromisso era que a rodovia, conhecida como Cuiabá-Santarém, estaria plenamente asfaltada no trecho paraense, interligando a produção de Mato Grosso aos novos portos fluviais do Pará, em Itaituba, no Rio Tapajós. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, garantiu que não haveria atoleiro na safra deste ano. O mesmo foi dito pelo titular da Agricultura, Blairo Maggi.
Promessa
O Dnit ainda tem cerca de 160 km da estrada em obras e só deve entregar todo o trecho asfaltado em meados de novembro. O batalhão de engenharia e obras do Exército, que atua em outros 60 km da estrada em leito natural no Pará, só deve concluir suas obras no fim de 2019.
Prejuízo para transportadoras
Transportadoras das regiões médio-norte e norte de Mato Grosso contabilizam um prejuízo diário de R$ 9 milhões após caminhoneiros que seguem para os portos do Pará passarem dias parados na BR-163. Pelo menos mil veículos carregados, em sua maioria, com soja, enfrentam dificuldades em um trecho não pavimentado da rodovia, na subida da serra do município de Moraes Almeida (PA).
Na segunda-feira (5), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou, por meio de nota, que os caminhões estão sendo retidos em Novo Progresso por pelo menos 125 horas, a fim de evitar acúmulo de veículos em Moraes Almeida, onde o tempo de parada é estimado em 9 horas.
“A fila de caminhões em Novo Progresso está sendo liberada gradativamente. Mesmo com o clima seco, a pista continua escorregadia, o que dificulta a tração dos caminhões nos trechos em aclives”, diz trecho da nota.