Primeiro caminhão canavieiro autônomo é apresentado em Maringá (PR)

Ao lado da já tradicional caixa automatizada I-Shift, o caminhão é capaz de manter a velocidade acompanhando a colheitadeira sem sair da rota

Apesar de ser autônomo, o caminhão ainda precisa de um motorista (Foto:divulgação)

Um dos grandes desafios do setor sucroalcooleiro durante a colheita da cana é evitar o pisoteio de brotos. Enquanto a colheitadeira opera, um caminhão canavieiro acompanha o percurso dela.

A faixa da plantação em que o pesado trabalha é bastante reduzida. Com pouco centímetros de desvio é possível errar este espaço e danificar o broto. Se este dano fosse evitado em toda uma plantação, a produtividade teria ganho de até 4% no ciclo da cana de açúcar.

Há dois anos, ao observar tecnologias de veículos autônomos da Volvo no mercado europeu, o Grupo Usaçúcar propôs um desafio para a equipe brasileira da marca: aplicar estas tecnologias em caminhões canavieiros. Nesta quarta-feira (31) foi apresentado para a imprensa mundial o resultado.

O modelo VM acompanhou automaticamente uma colheitadeira em operação sem avançar na faixa onde estão os brotos de cana. Desta maneira a produtividade de todo o ciclo da planta é mantido.

Por dentro do caminhão

Apesar de ser autônomo, o caminhão ainda precisa de um motorista. A automação da operação é apenas durante a colheita, o caminhoneiro ainda é o responsável por levar o veículo até? a plantação. Além disso o motorista é o primeiro elo com o caminhão, monitorando a operação e intervindo quando necessário.

“A tecnologia de automação apresentada tem como foco operações confinadas e tem avançado rapidamente após a introdução do esterçamento dinâmico” explica Hayder Wokil, diretor de direção autônoma e automatizada da Volvo Trucks.

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As tecnologias que permitem a automação são conhecidas. Antenas de GPS atuam ao lado de um giroscópio e sensores para monitorar e manter a rota a com precisão.

Ao lado da já tradicional caixa automatizada I-Shift, o caminhão é capaz de manter a velocidade acompanhando a colheitadeira sem sair da rota.

“Ainda não temos uma resposta definida de quantos custará e qua do estará disponível. Ainda estamos definindo o projeto em duas fases de implementação”, afirmou Bernardo Fedalto, diretor comercial da Volvo do Brasil.

“Na Fenatran definiremos o preço dessa novidade, e em até três anos deveremos ter um produto viável para o mercado”, completou o executivo. “A I-Shift encontrou resistência na sua chegada ao Brasil e hoje equipa todos os nossos caminhões. Acreditamos que o mesmo se dará com o veículo autônomo”, concluiu Fedalto.

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