Dívidas não permitem mais restrição em gerenciadoras de risco

Quem aí já ficou desempregado ou com uma grande dificuldade de encontrar um frete? O pior é que mesmo sem trabalhar, as contas continuam chegando em casa.

Uma das grandes preocupações dos caminhoneiros é ter o perfil negativado na lista das empresas de gerenciamento de riscos e, assim, não conseguir uma carga para trabalhar.

O repórter Wellington Hokama conversou com o Eliel Fernandes, diretor da Gristec (Associação das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento). De acordo com Fernandes, a criação da Lei 13.103 proibiu o levantamento de informações financeiras do caminhoneiro que podem negar seu aprovação no gerenciamento de risco.

“Hoje o que pode não recomendar o motorista para uma viagem é um perfil inadequado para o transporte que ele vai fazer. Um motorista habituado ao transporte de carga urbana com valor baixo, se ele recebe uma viagem para transportar eletrodomésticos no valor de R$ 2 milhões, pernoitando em locais de risco, ele põe em risco a mercadoria e a segurança dele, então ele não será recomendado para esta carga”, explica.

Conversamos também sobre como as dívidas estão atrapalhando a vida dos estradeiros nesse tempo de crise. O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo, Norival de Almeida Silva, comentou o assunto. “As gerenciadoras possuem algumas restrições do que elas podem fazer, a às vezes elas avançam o sinal. “Existem algumas câmaras de conciliação onde temos diminuído o sacrifício do caminhoneiro de ficar esperando, pois não conseguia regularizar sua situação. Agora em alguns casos em até 48h ele pode normalizar sua situação para poder trabalhar”, conclui.

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