Empresas pagam multas em dobro

(00:00) O vídeo começa explicando o que é a “multa NIC”: uma penalidade aplicada quando um veículo registrado em nome de uma empresa comete uma infração e o responsável não é identificado.

(00:44) O autor questiona se a prática de pagar a multa dupla é uma manobra de gestão ou um problema para a segurança nas estradas — e indica que muitas empresas preferem pagar a “dobrada” para evitar que a pontuação caia na carteira do motorista.

(01:18) A justificativa dada para isso: há escassez de mão de obra qualificada no transporte; o Brasil teria perdido cerca de 1,2 milhão de caminhoneiros nos últimos dez anos — o que faz com que empresas prefiram manter motoristas ativos a correr o risco de perder habilitação.

(02:17) O vídeo defende que, para motoristas de frota, a “multa NIC” funciona como uma proteção: as penalidades não são lançadas na CNH do motorista, preservando a carteira e os benefícios atrelados à produtividade.

(02:56) Essa “proteção” porém gera um efeito perverso: sabendo que a multa irá para a empresa e não para eles, muitos motoristas ficam mais propensos a cometer infrações (ex: excesso de velocidade, desrespeito à lombadas), o que poderia aumentar os riscos nas rodovias.

(03:41) O vídeo afirma que, segundo dados de 2024, foram registradas mais de 3 milhões de multas NIC — um aumento enorme comparado a cerca de 63 mil por ano há 10 anos. Esse salto (≈ 45×) seria indicador de como a prática se expandiu drasticamente.

(04:20) O apresentador explica as regras atuais de pontuação de CNH: condutores com EAR (exercício de atividade remunerada) têm limites diferentes de pontuação (até 40 pontos dependendo da gravidade), e podem fazer curso de reciclagem para zerar pontos quando ultrapassam 30. Isso torna a “transferência” da multa para empresa ainda mais atrativa para evitar suspensão.

(06:43) No final, o vídeo critica a lógica de “pagar para não apontar o condutor”: defende que, em vez de depender da multa NIC, o mais correto seria investir em gestão, treinamento e compromisso com a segurança de quem dirige — assim se protege vidas, não apenas carteiras.

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