As Empresas Randon anunciaram nesta quinta-feira (17), no Palácio Piratini, em Porto Alegre (RS), seu plano para os próximos cinco anos. A empresa sediada em Caxias do Sul projeta conquistar, em 2016, uma receita bruta total de R$ 10,2 bilhões, o que representará um crescimento de 60% sobre a receita de 2011 que foi de R$ 6,4 bilhões.
Para atingir a expansão e o desenvolvimento desejados, o Grupo Randon irá dispor de investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões, dos quais aproximadamente 60% serão originados de recursos próprios e 40% de terceiros, envolvendo o sistema financeiro bancos (BNDES, BRDE e outros), além do mercado de capitais e incentivos governamentais.
O Plano de Expansão e Desenvolvimento das Empresas deverá contar com o apoio do Fundo Operação Empresa (Fundopem/RS) e será aplicado em obras civis, montagem e instalações; móveis e utensílios; equipamentos de medição, ferramentas, acessórios, modelos e gabaritos, máquinas e equipamentos nacionais e importados, vinculados às atividades das empresas integrantes e que envolvem a produção de veículos especiais e implementos (Randon S.A Implementos e Participações), autopeças e sistemas (Suspensys, Fras-le, Master, JOST Brasil e Castertech Fundição e Tecnologia) e serviços financeiros (Randon Consórcios e Banco Randon).
A iniciativa vai criar 4000 novos empregos, metade dos quais no Rio Grande do Sul, onde será investido R$ 1,1 bilhão gerando um incremento de ICMS de R$ 110 milhões somente aos cofres gaúchos.
Ao anunciar o novo plano na presença do governador do RS, Tarso Genro, do presidente do Conselho de Administração das Empresas Randon, Raul Anselmo Randon, e de autoridades e demais convidados, o diretor-presidente das Empresas Randon, David Abramo Randon, disse que os investimentos refletem a ambição e a vocação da empresa para o crescimento. Na liderança do mercado doméstico e entre os maiores players mundiais, a Randon planeja crescer tanto interna como externamente, ampliando as exportações e as bases de produção no exterior. Para a área de autopeças, o crescimento será por meio dos países do Nafta, Oriente e Europa, enquanto o segmento de veículos e implementos aponta sua expansão para a América Latina e África.
No detalhamento do plano, o diretor corporativo e de relações com investidores, Astor Milton Schmitt, informou que os investimentos orgânicos contemplarão, entre outros, a atualização tecnológica, reposição de ativos, novos produtos, a busca de novos mercados e a ampliação da capacidade instalada. Nesse sentido, lembrou que todas as empresas industriais receberão recursos para modernização e ampliação. Já os investimentos não-orgânicos serão direcionados para novas frentes de negócios, via aquisições, fusões, joint-ventures e mesmo projetos novos de greenfield dentro e fora do Brasil, respeitando sempre seu foco na cadeia automotiva e como provedora de soluções para o transporte e atividades relacionadas.
Foto: Caco Argemi