Estudo da CNT aponta que 57,4% das estradas brasileiras são regulares, ruins ou péssimas

A 15ª Pesquisa CNT de Rodovias 2011 traduziu em números o que mais de meio milhão de motoristas profissionais já sentiram ao volante de um caminhão: dos 92.747 quilômetros de rodovias federais, estaduais e concessionadas avaliadas, 57,4% foram consideradas regulares, ruins ou péssimas.

O objetivo do estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) é avaliar as condições das rodovias brasileiras pavimentadas, e identificar aquelas que descuidam do conforto e da segurança.

Em um ranking feito a partir dos resultados da pesquisa, as 10 melhores estradas do Brasil estão todas localizadas em São Paulo e são trechos administrados por concessionárias. Em primeiro lugar figurou a ligação rodoviária entre São Paulo, Itaí e Espírito Santo do Turvo, que passa pelas estradas SP-255 (administrada pela Autovias, do Grupo Ohl), SP-280 e BR-374 (estas administradas pelo Grupo CCR).

Com base na qualidade do pavimento das rodovias pesquisadas, a CNT estima que o custo operacional das transportadoras rodoviárias de cargas é 24,8% superior ao que seria possível caso toda a malha estivesse em ótimas condições.

BR-174, no Amazonas

Os dados apurados demonstraram que somente 12,6% da malha encontra-se em ótimo estado; 30% foram consideradas boas; 30,5%, regulares; 18,1%, ruins; e 8,8% estão em péssimas condições.

Resultados por regiões

Como em estudos anteriores, a pesquisa da CNT aponta que o Sudeste do Brasil é a região que apresenta as melhores condições de rodovias. Do total de 26.778 quilômetros avaliados, 24,6% são classificados como em ótimo estado; 30,7% como bom; 28,2%, regular; 13,2%, ruim e 3,3%, péssimo.

Em segundo lugar vem a Região Sul, com 19,7% do total de 16.199 quilômetros analisados como em ótimo estado; 40,7% em bom estado; 26,3% classificados como regulares; 10,7% como ruins e 2,6% como péssimas.

Nos 14.151 quilômetros de rodovias avaliados no Centro-Oeste, 6,4% estão em ótimas condições; 22,7% em bom estado; 35%, regulares; 26,7%, ruins; e 9,1% em péssimo estado.

Com uma performance ruim, o Nordeste teve 25.820 quilômetros estudados, e desses 3,8% foram considerados ótimos; 33%, bons; 32,8%, regulares; 17,7%, ruins e 12,7%, péssimos.

AM-010

A pior avaliação coube à Região Norte, onde dos 9.799 quilômetros analisados, apenas 0,8% das estradas foram avaliadas como ótimas; 12,7% como boas; 31,4% como regulares; 31,8% como ruins e 23,2% como péssimas.

Pavimento

Em relação à qualidade da pavimentação, 46,6% das estradas apresentam pavimento ótimo; 5,5%, pavimento bom; 33,9%, regular; 11,2%, ruim; e 2,8%, péssimo. Nesse quesito, avalia-se se o pavimento está com buracos ou se obriga a redução da velocidade.

Sinalização

Os analistas da CNT conferiram as condições das faixas, e também a visibilidade e legibilidade de placas. O resultado global foi: 16,6% tiveram sua sinalização classificada como em ótimo estado; 26,5% entrou na classificação bom; 28,7%, regular; 14,3%, ruim e 13,9%, péssimo.

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Fotos: Arquivo CNT (Foto no topo da estrada PA-155)

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