Estudo revela aumento de 67,50% no volume de fretes rodoviários no Brasil no primeiro semestre

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Foto Divulgação

O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, com base na análise de 3,44 milhões de fretes durante o primeiro semestre de 2021. De acordo com o estudo, o volume de fretes rodoviários no Brasil aumentou 67,50% nos primeiros seis meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os estados com o maior volume de fretes no semestre foram São Paulo (21,50%), Minas Gerais (15,7%) e Paraná (13,2%). Entretanto, outras localidades registraram aumento expressivo do volume de fretes, na comparação com o primeiro semestre de 2020. O crescimento de 6% na área plantada do Tocantins gerou um aumento de 170% nos fretes originados no estado. No Piauí, o aumento de 10,4% na produção dos grãos, fez o volume de fretes subir 145%. Já em Sergipe, o início das operações da nova fábrica de fertilizantes nitrogenados da Unigel gerou um salto de 132% nos fretes do estado.

Ao considerar apenas o segundo trimestre, de abril a junho, o Espírito Santo viu seus fretes saltarem 171%, impulsionados por um aumento de 44% na produção de papel e celulose e de cerca de 39% na extração de minerais não metálicos, como o granito. Outro destaque do segundo trimestre foi Santa Catarina, que viu sua produção industrial aumentar 26%. Com ela, os fretes saltaram 160% em comparação com o mesmo período do ano passado.

“À medida que a vacinação ganhou força, a economia começou a responder. No primeiro semestre, a FreteBras distribuiu cerca de R$28 bilhões em fretes e considerando apenas o segundo trimestre, tivemos um volume de fretes 83% maior que no mesmo período de 2020 que foi marcado pelo início da pandemia.”, explica Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Preço do frete não acompanha aumento do diesel

O levantamento indica que um dos fatores mais críticos do período foi a diferença entre o preço do frete e o do diesel S500. No comparativo dos primeiros semestres de 2020 e 2021, o valor do diesel S500 na bomba subiu 22,52%. Entretanto, os fretes de produtos industrializados aumentaram 1,20%, os do agronegócio aumentaram 2,09% e os transportes de insumos para a construção aumentaram 3,10%. Nos três casos, o ajuste no preço ficou bem abaixo do aumento nos custos.

O agronegócio puxou a oferta de fretes no período,  com 37% das cargas registradas na plataforma da FreteBras e cerca de R$ 10,8 bilhões movimentados. Os estados mais significativos para o desempenho do segmento foram Rio Grande do Sul (15%), Paraná (15%) e São Paulo (14%). Os produtos mais transportados foram os fertilizantes (29%) – segundo o CONAB o Brasil bateu o recorde histórico na importação do produto desde 2011 -, a soja (13%) e depois o milho (10%). Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período em 2020, os fretes do agronegócio aumentaram 65%.

A segunda categoria mais representativa é a dos produtos industrializados, que originaram 27% dos fretes anunciados  no primeiro semestre deste ano. Os produtos mais transportados no período foram os alimentícios (17%), siderúrgicos (12%) e máquinas e equipamentos (11%). Os estados de maior destaque no desempenho do segmento foram São Paulo (27%), Rio Grande do Sul (14%) e Minas Gerais (11,20%). Na comparação com o primeiro semestre de 2020, o setor teve crescimento de 67,77% no volume de transportes.

Os fretes de insumos para construção ficaram em terceiro lugar no ranking das categorias que mais transportaram cargas no primeiro semestre, com 12% dos anúncios registrados na FreteBras. No período, os produtos mais transportados foram cimento (39%), telhas (7%) e pisos (6%). Em relação aos primeiros seis meses do ano anterior, houve crescimento de 84% no volume de fretes da categoria e os estados que mais carregaram insumos no setor foram Minas Gerais (49,38%), São Paulo (12,54%) e Paraná (6,75%).

A digitalização marca a tendência para os próximos meses

Nos próximos meses, as transportadoras devem aumentar a terceirização da frota. Segundo o estudo da FreteBras, essa forma de trabalho permite economizar 23% em custos diretos e indiretos com os veículos. A análise mostra que as transportadoras que adotaram a terceirização digital dos fretes alcançaram um crescimento de até 200% durante a pandemia.

”A terceirização por meio de plataformas digitais se tornou uma questão de sobrevivência para as transportadoras, que já não conseguem internalizar todos os custos gerados pela frota própria. Durante a pandemia, as empresas foram obrigadas a se reinventar e encontraram nas soluções digitais uma forma de controlar os gastos, atender novos mercados e localidades, sem perder a qualidade da entrega”, explica Hacad.

A transformação digital vem com desafios para a segurança e a FreteBras anunciou recentemente a oferta gratuita de um sistema de validação de motoristas, para ajudar as transportadoras a selecionar sempre os motoristas mais aptos a realizar os fretes que estão sendo terceirizados.

Com a expectativa do Ministério da Economia de que o Produto Interno Bruto cresça entre 5 e 5,5% este ano, o estudo aponta para um aumento do volume de fretes no segundo semestre. Segundo o Diretor de Operações da FreteBras, o crescimento da economia significa mais cargas nas estradas.

“Esperamos a marca de 10 milhões de cargas publicadas e R$ 80 bilhões em fretes negociados por meio da plataforma até o final do ano. Recentemente, anunciamos a contratação de 400 novos colaboradores permanentes em modelo home-office para suportar esse crescimento. Um detalhe importante, esse novo programa vai priorizar a contratação de filhos de caminhoneiros”, complementa.

*O relatório completo pode ser acessado aqui.

Metodologia

Os dados que compõem a 4ª edição do “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil” têm base no fluxo de dados da FreteBras. Com mais de 560 mil caminhoneiros cadastrados e 13 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.

SOBRE A FRETEBRAS

Fundada em 2008 em Catalão (Goiás), a FreteBras é a maior plataforma de transporte de cargas da América Latina. A empresa facilita as transações entre transportadoras e caminhoneiros, utilizando a tecnologia para tornar o transporte rodoviário de cargas mais seguro e eficiente. Com mais de 560 mil caminhoneiros cadastrados e 13 mil empresas assinantes, a FreteBras permite que fretes sejam publicados e negociados em minutos, reduzindo custos operacionais e aumentando a rentabilidade do setor. A cada ano, a FreteBras facilita a transação de cerca de 6 milhões de cargas, distribuindo mais de R$48 bilhões em fretes. Desde 2020, a empresa conta com o investimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID Invest) e foi considerada uma das 100 startups mais inovadoras de 2021.

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