🚚Fala, companheiro e companheira de estrada!
Quem vive do volante sabe: fechar frete não é só questão de pegar carga e sair rodando. O segredo está em calcular, negociar e garantir que cada quilômetro rodado traga resultado. Afinal, não basta cobrir o diesel — tem que sobrar lucro no fim do mês.
Lucro por quilômetro: a conta que faz diferença
Caminhoneiro experiente não trabalha no escuro. Entre diesel, pedágio, manutenção, pneus e desgaste natural do bruto, o custo por km nunca pode ser ignorado. Se essa conta não fecha, a ilusão de “bom frete” logo vira prejuízo. O foco precisa estar no lucro líquido por km, não apenas no valor bruto da viagem.
O que considerar antes de fechar um frete
🔹 Custo operacional real: combustível, óleo, pneus, revisão e impostos.
🔹 Perfil da rota: serra, atoleiro, buracos e estradas de chão aumentam desgaste e consumo.
🔹 Tempo de operação: hora parada em pátio de carregamento ou descarga pesa no bolso.
🔹 Carga de retorno: rodar vazio significa jogar parte do lucro fora — negocie sempre o frete de volta.
Negociação de peso na boleia
🔹 Tenha seu custo na ponta da língua: quem sabe o valor do próprio km não aceita qualquer proposta.
🔹 Use a estrada como argumento: mostrar que conhece a rota e seus desafios gera respeito.
🔹 Valorize a urgência do cliente: pressa tem preço, e quem precisa rápido entende cobrança extra.
🔹 Inclua taxa de espera: tempo parado é tempo perdido — e precisa ser pago.
🔹 Diga não quando necessário: melhor recusar do que rodar no vermelho.
Como conduzir a conversa
Cliente: “Dá pra levar essa carga por X reais?”
Motorista: “Amigo, só de diesel nessa rota vai quase isso. Ainda tem pedágio, desgaste e tempo de carga. Pra não sair no prejuízo, consigo por Y reais, com entrega garantida. Se for pra já, dá pra agilizar com adicional.”
Essa postura mostra cálculo, experiência e profissionalismo. E o cliente respeita quem demonstra que entende do próprio negócio.
O frete certo valoriza o caminhoneiro
🔹 Confiança: quem negocia com segurança transmite profissionalismo.
🔹 Respeito: quando você se valoriza, o mercado valoriza junto.
🔹 Experiência: cada km rodado ensina, mas é no lápis que a conta fecha.
Rodar por rodar enche a estrada, mas não enche o bolso. O caminhoneiro que sabe negociar, calcula bem e valoriza seu tempo roda menos cansado e volta pra casa com orgulho — e com lucro.
Da próxima vez que surgir uma proposta, pergunte: esse km vale a pena? Se a resposta for não, bote moral e negocie. Porque frete bom é aquele que paga a viagem e garante sobra no fim da jornada.
👉 Quer mais conteúdos como esse? Acompanhe o Brasil Caminhoneiro nas redes sociais e sintonize: todo dia às 5h na Rádio Capital, e nos fins de semana às 7h na Record TV e Record News.