Incentivos ainda não surtem efeito e maio tem queda de 28% nas vendas de caminhões em relação a 2011

A segunda quinzena do mês de maio foi marcada pelo anuncio de uma série de incentivos do Ministério da Fazenda para a aquisição de caminhões. A redução dos juros para empréstimos no BNDES para 5,5% foi considerada uma medida ousada para tentar revitalizar um setor vital para a economia brasileira. No entanto, o “efeito Euro 5” ainda segurou as vendas de caminhões, que acabaram fechando o mês com 10.790 unidades, queda de 0,53% em relação a abril, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

O problema é que, na comparação com maio de 2011, fica evidente que o desempenho de um ano depois não é tão animador. O recuo, de 28,67%, se deu também por conta do fraco desempenho nos emplacamentos da segunda quinzena do mês passado. Na primeira metade útil do mês, 6.142 veículos foram comercializados, contra somente 4.648 na segunda metade.

Maio de 2011 foi, de fato, um mês bastante favorável para as vendas de caminhões. Tanto que o acumulado de emplacamentos em 2012, que em abril ficou 9,19% abaixo do mesmo período do ano passado, subiu para uma diferença ainda maior, de 13,52%.

A Man Latin America segue como marca líder no mercado, com 32,75% de participação. Em seguida vem a Mercedes-Benz, com 25,61%. Ford (15,65%), Volvo (9,85%), Iveco (7,55%) e Scania (6,36%) fecham a lista entre as marcas mais tradicionais.

A troca da tecnologia de controle de emissões do Euro 3 para o Euro 5, de acordo com regulamentação do Conama através do Proconve P7, que aumentou o preço de caminhões entre 8% e 15%, parece ainda afgastar os compradores. O desempenho do mês de maio deixa claro que as unidades Euro 3 são cada vez mais raras, o que tem colaborado com a redução das vez mais nos emplacamentos.

Foto: Divulgação

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