Janeiro apresenta crescimento nas exportações brasileiras

Exportações brasileiras crescem no primeiro mês de 2018, principalmente puxadas por bens industrializados.

Exportações brasileiras crescem no primeiro mês de 2018, principalmente puxadas por bens industrializados.

No primeiro mês do ano, o superávit da balança comercial alcançou US$ 2,8 bilhões, o segundo melhor resultado da série histórica, iniciada em 1989, para meses de janeiro. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). As exportações totalizaram US$ 16,968 bilhões, resultado recorde para o período e que representou um crescimento de 13,8% em relação a janeiro de 2017.

As importações somaram US$ 14,199 bilhões, com um aumento de 16,4% na comparação o mesmo mês do ano passado. As exportações tiveram crescimento tanto em relação aos preços (0,81%) quanto às quantidades (12,9%), em todas as categorias de produtos. Entretanto, o resultado positivo foi puxado especialmente pela venda de manufaturados, que no período registraram alta de 23,6%. “Esse aumento das quantidades exportadas está principalmente relacionado ao aquecimento da demanda mundial”, explica o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações, Herlon Brandão.

“O PIB mundial cresceu mais de 3% em 2017 e espera-se que ocorra crescimento nessa ordem em 2018”, acrescenta.

Áreas de crescimento

Houve crescimento nos embarques de aviões (474%), óleos combustíveis (323%), açúcar refinado (294%) e máquinas para terraplanagem (171%), entre outros produtos. “A economia mundial aquecida demanda produtos brasileiros. Por outro lado, o Brasil tem aumentado a sua produção, principalmente de bens agrícolas, de petróleo, de minério. O investimento nessas áreas faz com que o país tenha excedente para ser exportado”, afirma Brandão. O mês de janeiro também apresentou resultado expressivo nas importações, que tiveram aumento, em volume, de cerca de 10%.

Cresceram nesse período as compras de combustíveis e lubrificantes (96,3%), de bens de consumo (19,2%), de bens de capital (11,4%) e de bens intermediários (5,8%). A expectativa é que as importações se mantenham aquecidas ao longo do ano. “Esperamos que as importações cresçam a taxas superiores a das exportações em 2018. A expectativa de crescimento do PIB é de 3%, o que deve incentivar a importação de bens. Isso vai fazer com que o saldo anual diminua, mas ainda positivo e entre os maiores da história, na casa dos US$ 50 bilhões”, explica Brandão.

Os cinco principais compradores de produtos brasileiros foram China (US$ 3,366 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,247 bilhões), Argentina (US$ 1,205 bilhão), Países Baixos (US$ 871 milhões) e Chile (US$ 540 milhões). Os principais mercados fornecedores, em janeiro, foram China (US$ 2,844 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,390 bilhões), Alemanha (US$ 876 milhões), Argentina (US$ 727 milhões) e Coreia do Sul (US$ 540 milhões).

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