Trabalho revela melhoria de 14,5 pontos percentuais entre 2017 e 2018; também são avaliados o pavimento e o traçado das rodovias.
A sinalização foi a característica que mais evoluiu nas rodovias brasileiras avaliadas entre 2017 e 2018. É o que aponta a 22ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte na última quarta-feira, 17. Segundo o levantamento, placas de limite de velocidade, faixas centrais, laterais e defensas ¬– elementos inseridos nas vias com a finalidade de reduzir o impacto de possíveis colisões ¬– tiveram classificação ótima ou boa em 55,3% dos trechos. No ano passado, a mesma avaliação da sinalização foi de 40,8%, ou seja, de um ano para o outro, o aumento foi de 14,5 pontos percentuais.
Dois motivos básicos contribuíram para a melhoria, na avaliação da CNT. Em primeiro lugar, está o fato de que a sinalização é uma intervenção de baixo custo ao comparar com obras de pavimentação. Para se ter uma ideia, de acordo com dados dos custos médios gerenciais do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), pintar um quilômetro de faixas centrais e laterais custa, em média, R$ 13 mil. Entretanto, ações de restauração, como a recuperação de trincas e buracos, custam, em média, R$ 1,2 milhão por quilômetro. E, em momentos de escassez de recursos, programas de sinalização podem ser uma opção mais viável.
Outro fator que explica os índices positivos na variável sinalização foi o investimento do governo em programas de sinalização. Somente em 2017, foram destinados R$ 624,8 milhões para o programa. O valor corresponde a 7,83% do investimento da União para infraestrutura de transporte rodoviário (R$ 7,98 bilhões) para o ano em ações de manutenção, construção e adequação.
Segundo os dados da pesquisa, 50,9% do pavimento das rodovias avaliadas teve classificação regular, ruim ou péssima. Além disso, 75,7% da geometria da via pesquisada teve avaliação regular, ruim ou péssima. Sobre a sinalização, a Pesquisa CNT de Rodovias traz outros dados que mostram como essa característica evoluiu entre 2017 e 2018. Em relação às pinturas das faixas centrais, por exemplo, 69,8% encontram-se visíveis. Esse percentual era de 48,91% em 2017.
Fonte: Agência CNT.