Quem já visitou uma mina em plena operação conhece bem a imagem de uma frota inteira de caminhões circulando em ritmo de linha de produção. No Brasil o mercado de veículos fora de estrada para este tipo de operação é dominada por caminhões com capacidade de carga de 32 toneladas. Nesta sexta-feira (1ª de setembro) a Scania realizou em Mogi das Cruzes (SP) o lançamento global do Scania Heavy Tipper, um pesado que veio inaugurar o segmento de 40 toneladas na mineração.
Tal qual numa linha de produção, na mineração o ritmo dos caminhões não pode parar. Carregar mais peso é uma novidade bem vinda, mas um dos destaques do Heavy Tipper é também o aumento na vida útil do veículo em mais de 5 mil horas em relação aos modelos disponíveis no mercado. Essas 5 mil horas representam quase um ano a mais de trabalho para o Heay Tipper. “Nosso ponto de partida é aumentar a economia operacional e para isso trazemos a experiência no nosso sistema de produção para a mineração”, afirmou Björn Winblad, diretor global da Scania Mining.
Disponível nas cabines P e G com motorização de 440 e 480 cv respectivamente, o Heavy Tipper tem preço de 13 a 20 % maior do que os modelos atuais. A novidade já teve 45 unidades vendidas no Brasil, com entrega prevista para novembro. Clientes de fora do país que vieram ao lançamento conhecer o produto realizaram outras 150 compras aproximadamente, sendo 100 veículos para um cliente na Índia. “A mineração representa hoje entre 5 e 7% de toda a receita da Scania no Brasil. Hoje temos mais de 30% de participação de mercado dos caminhões.” explica Fabricio Vieira, gerente de mineração da Scania no Brasil
Como levar mais peso?
O desenvolvimento do Heavy Tipper levou 4 anos desde o início. Um dos segredos que a engenharia da Scania revelou sobre o produto é o processo que levou ao aumento da capacidade de carga. “O eixo traseiro foi todo reformulado. As engrenagens foram todas refeitas e as molas ganharam maior largura, o que nos permite um aumento de capacidade de carga de 32 para 36 toneladas”, explica Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de negócios da Scania do Brasil.
“Além do eixo traseiro, o eixo cardã também foi renovado para aguentar a força maior necessária para movimentar o eixo traseiro. A transmissão também é nova. Todos os caminhões nossos possuem o câmbio automatizado Opticruise. Para que a troca seja mais rápida ainda, a caixa ganhou um freio interno, uma solução inédita para o mercado nacional. Ele freia os eixos para sincronizar melhor as trocas de marcha”, conclui o executivo.