por Leandro Tavares,
da redação para o Brasil Caminhoneiro
O primeiro semestre de 2015 apresentou queda da economia brasileira, com muitos setores, inclusive os ligados ao transporte rodoviário, apresentando redução em suas atividades. Isso não se aplica à JSL. Maior operador logístico rodoviário do País, o grupo registrou lucro líquido consolidado de R$ 26,2 milhões no período, uma alta de 89,9% em relação ao primeiro trimestre de 2014. A receita líquida da empresa cresceu 11,2%, para R$ 1,385 bilhão.
“Nosso modelo de negócio suporta o cliente mesmo num momento de crise”, explica Denys Marc Ferrez, Diretor Executivo, Financeiro, Administrativo e de RI (Relações com Investidores) da JSL. “Em momentos de dificuldades, o cliente precisa de soluções estratégicas para ter competitividade. Conseguimos o crescimento com ajustes de custos, melhoria dos processos, aumento de eficiência. É uma melhoria de custos sem perder as oportunidades”, reforça.
Novos negócios
Os resultados apresentados vem antes dos primeiros efeitos da diversificação dos negócios da JSL em 2014. A companhia inclui no resultado consolidado as operações JSL Concessionárias, Movida e Leasing. As comparações da locadora Movida mais Logística com 2014 são proforma devido à mudança da JSL Locações (Gestão e Terceirização de Frota sem serviços), que passou da Logística para a Movida Participações, a partir de janeiro.
“A Movida Participações é a somatória de um negócio que já tínhamos com outro de aluguel de veículos (rent a car). Saímos de 29 lojas e chegamos a 100 lojas com crescimento expressivo de frota, de 2.400 para cerca de 20 mil veículos. A contribuição desses negócios nos resultados começa a se materializar na medida que usufruímos dessa frota”, revela Denys Marc Ferrez. “Do ponto de vista de receita já houve contribuição. Do ponto de vista de margem, você tem a margem de investimentos em função do crescimento, então é uma operação que ainda não está em sua plenitude”, completa.
Para manter o crescimento, a JSL já tem investimentos planejados da ordem de R$ 382 milhões. “Nosso investimento é basicamente ligado à veículos, aquisição de equipamentos operacionais, caminhões, carretas e etc. Também temos muito incentivo aos agregados, algo que faz parte da nossa história, facilitando o financiamento para nossos agregados terem caminhões mais novos”, diz o executivo.
- A receita financeira líquida da JSL cresceu 11,2%, para R$ 1,385 bilhão.
- A Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 40,5%, para R$ 256,4 milhões.
- Dos R$ 382 milhões em investimentos, 208 milhões são para a expansão da frota.
- Dos R$ 382 milhões em investimentos, 173 milhões destinados à compra de veículos novos.