por Leandro Tavares
da redação para o Brasil Caminhoneiro
No início de outubro, o Governo Federal anunciou as novas diretrizes do regime automotivo, que vigorará até 2017. Apesar do foco em automóveis de passeio, as indústrias de veículos comerciais também estão contempladas com as novas medidas. Entre os pontos do novo regime está prevista a adoção de incentivos para as empresas que apresentarem projetos e investimentos no Brasil.
Para o setor de caminhões, esta medida chegou logo após uma transição tecnológica. A adoção do Euro 5 para o pós-tratamento dos gases nocivos à atmosfera já é uma realidade. No entanto, isso não significa que as fabricantes de veículos comerciais pesados não possuam planos para o futuro próximo.
Dona de um importante centro de referência em pesquisa e desenvolvimento, o CDT de São Bernardo do Campo (clique aqui e conheça mais sobre as instalações), a Mercedes-Benz planeja sua inserção no novo regime automotivo. “A Mercedes participará do regime automotivo dando continuidade ao trabalho de investimento em pesquisa e desenvolvimento e em engenharia, como é um dos requisitos do regime automotivo”, afirmou Luiz Carlos de Moraes, diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz.
“Atingindo os níveis previstos, ela passa a ter direito a créditos de IPI dentro dos limites da lei, que é de até 2% da receita bruta”, explicou. “Nós já tínhamos um programa importante de desenvolvimento de veículos comerciais. Nós daremos continuidade a este programa, eventualmente até aumentando ele, para cumprir os objetivos do regime automotivo”, avaliou Luiz Carlos de Moraes.
Entretanto, o novo regime não acelerará um dos planos atuais da Mercedes-Benz: a nacionalização do Actros. “A empresa já tinha decidido fazer a nacionalização do Actros, independente do regime automotivo, por conta do Finame. Ela já tinha um programa de nacionalização que está nas mãos da área de desenvolvimento para entrar o mais rápido possível no conteúdo local mínimo requisitado pelo BNDES”, concluiu o executivo.