Soja, açúcar, adubo e contêineres influíram no resultado de março.
A movimentação de cargas pelo Porto de Santos sofreu recuo de 1,5% neste primeiro trimestre, atingindo o total de 30.448.341 toneladas. A queda foi ocasionada pela redução de 7,2% no movimento de março, significativamente afetado pelo decréscimo no escoamento da safra de soja para exportação e também pelas retrações nos embarques de açúcar e desembarques de adubo. Somente essas três cargas representaram uma perda de quase 650 mil toneladas na comparação com o primeiro trimestre de 2018.
O próprio Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, reviu em abril a estimativa de produção e exportação da soja brasileira para este ano, reduzindo a expectativa apontada em dezembro de 81,00 milhões de toneladas embarcadas para 79,50 milhões de toneladas. Em 2018, a redução das exportações americanas da commodity para a China contribuiu para ampliação das vendas brasileiras.
Vale destacar, entretanto, que o total acumulado até março ainda mantém alta nos embarques do chamado complexo soja – composto por grãos e farelo a granel, acusando incremento de 9,1% nesse período.
A carga conteinerizada também registrou queda, apontando, em março, redução na tonelagem de 8,5% e de 11,6% no total de TEU.
A redução da movimentação geral verificada em março último reverteu a tendência de alta apontada nos dois primeiros meses, inclusive com o total de fevereiro ultrapassando de forma inédita a marca de 10 milhões de toneladas.
Por outro lado, o desempenho do mês apresentou crescimento nas movimentações de embarques de café e carnes conteinerizados e nas descargas a granel de óleo diesel e gasóleo, atenuando a redução no total.
No total acumulado neste primeiro trimestre, destacou-se também o crescimento de 8,7% nos carregamentos de celulose solta e conteinerizada, carga que já ocupa a quarta posição no ranking das mercadorias mais exportadas por Santos.
O fluxo de navios no acumulado registrou redução de 4,1%. Considerando apenas os navios de cargas (excluindo os navios de passageiros, de guerra e outros), o volume das atracações foi reduzido em 4,7%, elevando a consignação média para 27.555 toneladas por navio, refletindo um ganho de quase 3,4% de produtividade.