Caminhões pesados ainda são os únicos a registrar crescimento
Os desempenhos positivos das vendas para os mercados internos e externos alavancaram a produção de caminhões. No mês passado, as montadoras produziram no País 8.180 unidades, crescimento de 52,6% sobre o volume contabilizado em novembro do ano passado, de 56.380 unidades. “Foi o melhor mês desde dezembro de 2015”, recorda Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No acumulado até novembro o setor somou 45,9 mil unidades e pequena queda de 0,5% ante o mesmo período do ano passado, mas, segundo Megale, os licenciamentos acumulados até a quarta-feira, 5 de dezembro, já se igualavam em relação ao período equivalente de 2016.
Pelos números da Anfavea, os licenciamentos de caminhões em novembro somaram 5.472 unidades, volume 44% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado de 3.800 emplacamentos.
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O resultado apurado de janeiro a novembro ainda se apresentou negativo, porém, deverá passar a ser positivo em pouco dias de venda. No período foram negociadas 45.865 unidades, leve recuo de 0,5% na comparação com os 46.109 licenciamentos contabilizados há um ano. “As vendas de caminhões ainda não contemplam os negócios feitos na Fenatran, o que oferece uma expectativa otimista para os próximos meses”, destacou Megale.
A associação projetou para 2017 um total de 64 mil veículos pesados na soma de caminhões e ônibus, o que resultaria em alta de 3,6%, mas as vendas realizadas no acumulado até novembro indicam que esse crescimento deve ser mais contido, entre 1,5% e 3%.
Os caminhões pesados ainda são os únicos a registrar crescimento. Com 16,6 mil unidades, superaram em quase 20% os mesmos 11 meses de 2016. Para os modelos leves, que somaram 10,3 mil licenciamentos, persiste uma queda importante de 14,6%. Os semipesados tiveram pouco menos de 12 mil unidades lacradas, recuando 9%.
Exportações
As exportações de caminhões no acumulado do ano somaram 26,1 mil unidades, revelando alta de 36,8% sobre o mesmo período de 2016. “É verdade que a maior parte do que exportamos vai para países vizinhos e nossos principais mercados são Argentina, Chile e Peru, mas também estamos atendendo a países distantes como a Rússia, para onde enviamos 2.452 caminhões este ano e crescemos quase 800% sobre o mesmo período do ano passado”, destaca Megale.
Até o fim do ano o Brasil terá exportado cerca de 28,5 mil unidades e com isso 2017 será o quinto melhor ano em exportações nesse segmento. O auge ocorreu em 2007, com 38,1 mil unidades. Já os veículos leves baterão recorde, superando as 706 mil unidades projetadas pela entidade.