O reajuste de 4% no preço do diesel anunciado pela Petrobras na semana passada pode ter um impacto de até 1,27% no valor do custo final do transporte rodoviário de carga, segundo estudo do Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (Decope) divulgado na quarta-feira (30).
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Coordenado por Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC, o cálculo considerou apenas custo operacional do caminhão, não despesas administrativas, ou seja, o custo da transferência da carga lotação (carga completa) em um caminhão trator 4×2 tracionando semirreboque furgão de 3 eixos. Segundo a entidade, este é o modelo de veículo mais comum em fretes de longas distâncias.
Frete defasado
Em agosto, o Decope divulgou estudo sobre a defasagem do frete, que apontou uma diferença de 10,14% entre os fretes praticados e os custos efetivos da atividade.
A pesquisa foi realizada com mais de 300 empresas do setor de transporte rodoviário de cargas e o número foi definido em reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (Conet) em Florianópolis.
Além da defasagem, a pesquisa aponta que 80% dos empresários consideram uma piora na situação das empresas quando comparadas ao ano anterior, sendo que 84% dos entrevistados indicam queda nos negócios, devida, principalmente, à menor demanda e volume de carga, aumento dos custos e diminuição do frete.
Fonte: NTC&Logística
