Rio Grande do Norte: mais de 50% das rodovias apresentam algum tipo de deficiência

No Rio Grande do Norte, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 28%

Rio Grande do Norte: mais de 50% das rodovias apresentam algum tipo de deficiência (Foto: Divulgação/CNT)

A 21ª Pesquisa CNT de Rodovias revela que, no Rio Grande do Norte, 53,9% (1.020 km) da extensão avaliada apresentam algum tipo de deficiência no estado geral (classificação regular, ruim ou péssimo). Enquanto que 46,1% (874 km) tiveram classificação ótimo ou bom. O estado geral inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 1.894 km no Estado. Em todo o Brasil, foram 105.814 km analisados.

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No Rio Grande do Norte, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 28,0% no transporte rodoviário. Na avaliação da CNT, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, com a implementação de sinalização adequada, estima-se que são necessários R$ 518,18 milhões. Já para a manutenção dos trechos classificados como desgastados, o custo estimado é de R$ 259,34 milhões.

Pavimento

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 51,9% da extensão avaliada no Rio Grande do Norte, enquanto que 48,1% foram considerados ótimo ou bom; 44,5% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 45,9% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 54,1%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 21,5% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da via

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 82,4% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 17,6% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 92,2% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos

A pesquisa identificou, ainda, 18 trechos com buracos grandes e cinco com erosões na pista que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Com informações da CNT

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