Caminhoneiros de cidades mineiras próximas ao Rio de Janeiro estão deixando de fazer viagens para o estado. O último caso violento registrado foi o de um caminhoneiro de Juiz de Fora feito refém por mais de duas horas na Avenida Brasil, uma das principais vias da capital fluminense.
Além da insegurança, donos de transportadoras também têm tido gastos com prevenção e com os prejuízos diante dos roubos de carga. No último domingo (6), Antônio Euclides Ribeiro, de 36 anos, foi feito refém por um criminoso na Avenida Brasil, altura de Deodoro, zona Oeste do Rio de Janeiro. O caminhão seguia com escolta, mas os guardas fugiram quando perceberam a ação dos bandidos. Houve troca de tiros no local e o criminoso só se rendeu depois que a mãe foi até ao local.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Juiz de Fora e região e a entidade informou ao MGTV que não tem dados sobre ocorrências envolvendo roubo de cargas. No entanto, a entidade tem recebido reclamações recorrentes sobre o receio dos motoristas de assalto nas rodovias do Rio de Janeiro e também São Paulo. O sindicato informou, ainda, que oferece apoio jurídico aos trabalhadores sindicalizados que passaram por alguma situação de perigo.
Gastos
O gerente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Juiz de Fora e região, Osvaldo José da Silva, disse que os gastos das empresas garantirem aumentaram na tentativa de garantir a segurança da carga e dos profissionais.
“Temos pontos cegos, e são nesses pontos que têm acontecido essas ocorrências. Então as empresas estão fazendo investimento em segurança que têm gerado impacto financeiro. A grande preocupação delas é a vida dos funcionários,” afirmou.
O empresário Adimar José Duarte tem uma frota de 13 caminhões que são responsáveis pela entrega de embalagens em toda a região Sudeste. Ele conta que cada itinerário é bem pensado para evitar os trajetos mais perigosos. “Enquanto não chega o último motorista do Rio de Janeiro eu não me tranquilizo”, desabafou.
Adimar José disse ainda que já perdeu funcionários quando a frota tinha como destino o Rio de Janeiro e que a maior preocupação é a segurança dos motoristas. “Eles chegam das viagens muito assustados, alguns não querem mais ir, tê outros que vêm pedir emprego e quando falo que é para o Rio de Janeiro eles recusam,” disse.
Fonte: MGTV