por Leandro Tavares,
de São Bernardo do Campo (SP) para o Brasil Caminhoneiro.
A defasagem do frete leva os transportadores a buscar saídas criativas para não deixar o lucro cair. Foi o que aconteceu na garagem do Grupo G 10 em Maringá (PR), que desde 2011 aplicava o segundo eixo direcional em cavalos mecânicos R 440 6×2 como alternativa à resolução nº 210/211 do Contran, em vigor desde o início de 2011 e que determinou a obrigatoriedade de tração dupla, tipo 6×4, para as combinações cujo peso bruto total combinado (PBTC) seja superior ou igual a 57 toneladas. Sendo um 8×2, o veículo Scania passou a levar mais peso do que as carretas vanderleias, porém sem sofrer com os contra-tempos enfrentados pelos donos de bitrens, como a dificuldade de manobrar em alguns embarcadores, restrições de horários em rodovias e até mesmo o custo-operacional.
A iniciativa chamou a atenção da Scania, que iniciou uma parceria para entender a nova necessidade e desenvolver a configuração de fábrica. Nesta quarta-feira, a montadora sueca apresentou na planta de São Bernardo do Campo (SP) o fruto deste trabalho: o R 440 8×2. “A versão 8×2 original representa para o cliente redução do investimento inicial de compra ante uma composição de bitrem com cavalo 6×4 e também na adaptação de um quarto eixo não original no mercado”, explica Victor Carvalho, diretor de Vendas de Caminhões da Scania no Brasil. “Isso é fundamental para o mercado do transporte rodoviário de cargas, que tem margens cada vez mais apertadas nos valores dos fretes”.
O cavalo mecânico Scania 8×2 tem capacidade para 54,5 t de PBTC, sendo 37 t carga líquida. Há opções das cabines R, R Highline ou R Streamline. “Embora já estejamos notando a tendência para outros segmentos, como os de transporte de combustível, produtos químicos, sucos e leite, e de carga geral com caçamba para levar estruturas de construção, vamos acompanhar o mercado com nossas soluções”, diz Celso Mendonça, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Scania no Brasil.