Sem acordo em reunião, decisão sobre tabela de frete é adiada para 22 de abril

Foram quase quatro horas de reunião nesta quinta-feira (26). Mas ainda assim não houve acordo entre Governo, caminhoneiros e embarcadores sobre a adoção de uma tabela de frete mínimo para o transporte de cargas pelas rodovias do Brasil, adiando a decisão para o dia 22 de abril. Honrando o compromisso firmado na reunião, representantes dos caminhoneiros também adiaram a greve que prometiam para esta sexta-feira (27) caso não houvesse acordo. Portanto fica em aberto a possibilidade de novos protestos no dia 23 de abril.

“A proposta é um tabelamento, que vamos ver se para em pé, juridicamente. Há pareceres contra e a favor. Pedimos prazo para analisar até o dia 22″, afirmou o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, após a segunda reunião entre Governo e representantes do setor sobre o tema. Ou seja, falta chegar ao acordo sobre a constitucionalidade de uma tabela que determine um preço mínimo num mercado livre de oferta e demanda como o Brasil.

“Os embarcadores entendem que é inconstitucional a aplicação de uma tabela”, disse o diretor da Associação Nacional de Transportadores do Agronegócio (ATR Brasil), Valmir Brustolin. “Mas os transportadores dizem que, sem a aplicação de uma tabela de referência, esse mercado tende a tomar muito prejuízo porque a referência de frete hoje é muito difícil por causa do aumento de combustível e outros custos.” Representante do Sindicato dos Transportadores de Carga de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer disparou: “Inconstitucional é a fome, é não conseguir pagar seus compromissos, é não dar sustento para a sua família”.

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