Feliz sábado, amigos e amigas do trecho! Tomara que estejam tendo um excelente final de semana.
A gente piscou e o Dia dos Pais já é amanhã! Como passou rápido, não é?
Preparamos algo muito especial para vocês hoje: nossa equipe entrevistou o querido Richeti, sobre ser pai e também acompanhar as trajetórias de tantos caminhoneiros que lutam para conciliar a profissão e a família. O resultado foi uma conversa emocionante e inspiradora. Olha só:
Pergunta: Como é para você ser pai, sendo jornalista, sempre viajando, sempre na estrada?
Resposta: Olha, não é fácil, não. Por mais que essas viagens proporcionem aprendizados e conteúdos bacanas, a cabeça fica sempre na família, principalmente no filho.
Tenho um menino, hoje com 24 anos. Mas lembro de ficar até 45 dias fora direto, sem poder vê-lo. Uma vez, quando ele tinha uns 5 ou 6 anos, cheguei em casa e ele não me reconheceu. Chorou, assustado. Depois lembrou, mas aquilo me marcou muito. A gente pensa: “O que estou fazendo da vida?”.
Com o tempo, percebi que não basta estar presente o tempo todo — o que conta é a qualidade dos momentos. E, por isso, sempre que estive com ele, tentei aproveitar ao máximo.
Hoje ainda é assim: trabalho durante a semana e vejo minha família nos fins de semana.
É doído. Enquanto você está ali trabalhando, mesmo feliz, sua família está curtindo um cinema, uma festinha… Dá uma pontada no coração. E não é só com a gente — pra eles também falta alguma coisa.
A convivência com os caminhoneiros me fez entender melhor isso. Muitos passam 45 dias longe, como rotina. E é duro conciliar trabalho e família. Não à toa, muitos dizem que abraçam o volante e choram ou veem o caminhão como seu grande confidente.
Pergunta: Qual a sua percepção dos pais caminhoneiros, depois de quase 20 anos acompanhando a estrada?
Resposta: Quando entrevistamos esses “barbudões” — que parecem super-heróis — a emoção toma conta. Eles choram, a gente chora junto.
Muitos herdaram a profissão do pai e da mesma forma que hoje eles sentem a ausência dos filhos, eles sentiam a ausência do pai, e eu tenho certeza que ele também sentia muita falta dos seus pequenos.
Antigamente era ainda mais difícil. Sem celular, o contato com a família dependia de achar um orelhão.
Conviver com essa turma ensina demais. Não só sobre a profissão, mas sobre a vida. Eles são verdadeiros heróis, enfrentando estrada ruim, falta de segurança, saudade… e ainda perdendo momentos especiais como aniversários, formaturas, datas comemorativas.
Tudo isso só aumenta minha admiração por eles.
Pergunta: Você tem algum recado para os nossos leitores e seguidores do Brasil Caminhoneiro sobre o Dia dos Pais?
Resposta: Tenham sempre em mente: você é o herói do seu filho. Pode não ter capa, mas pro teu filho, você é gigante.
Esse caminhãozão que você dirige enche os olhos dele de orgulho. Seja chegando em casa com o caminhão, de carro, ônibus ou a pé, aquele abraço de boas-vindas é tudo – tanto para você quanto para ele.
Se puder estar com a família neste fim de semana, aproveite cada instante. Não precisa festa ou churrasco. Só um pão com mortadela, um arroz, feijão com uma farofa já é o suficiente! Aproveita esses momentos, porque eles são únicos, e é de vital importância pra vida deles e pra sua também poder guardar essas boas lembranças.
E se não puder estar junto, liga, dá um alô. Às vezes a gente nem percebe o quanto é importante na vida dos filhos — não só como provedores, mas como presença.
O tempo passa rápido. E se a gente não estiver ali, os filhos podem buscar essa referência em outras pessoas. Quando encontram alguém de bem, tudo bem. Mas, às vezes, o caminho não é o melhor.
Mesmo distante fisicamente, mostre que você está presente como pai e como amigo. Se não pode atender na hora, retorne. Seja referência, apoio, escuta.
Pode ter certeza: esse gurizinho, essa guriazinha que está lá do outro lado tem um orgulho danado de você.
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O Brasil Caminhoneiro ama esse Richeti e todos os pais do Brasil! Um abraço apertado!