Mulheres na boleia: como está a diferença salarial no transporte rodoviário?

Olá, amigos e amigas da estrada! 👋🚚

Existe diferença salarial entre homens e mulheres na boleia?

O transporte rodoviário é a espinha dorsal da economia brasileira. Mais de 65% das cargas do país circulam sobre rodas (CNT, 2024), e por trás desse movimento está a figura do caminhoneiro. Mas você já parou para pensar se as mulheres na boleia recebem o mesmo que os homens pelo mesmo trabalho?

Como está a realidade hoje

Os números mostram que, na admissão, praticamente não há diferença salarial entre homens e mulheres — o salário médio de entrada gira em torno de R$ 2.400. Mas, ao longo do tempo, a remuneração das caminhoneiras tende a ser cerca de 5% menor, resultado de fatores como menor tempo de casa, menor acesso a rotas mais bem remuneradas e menos horas extras.

E vamos combinar: se muitos caminhoneiros já se dizem descontentes com seus salários, imagine como é o cenário para elas.

O espaço das mulheres na boleia

Atualmente, apenas 3% dos motoristas de caminhão no Brasil são mulheres, enquanto no setor como um todo elas representam cerca de 18% a 19%. A boa notícia é que existem iniciativas para mudar essa realidade: programas como “Caminhos para Elas” e cursos do SEST SENAT oferecem formação profissional e orientação para quem quer entrar na estrada.

Passo a passo para mulheres que querem ser caminhoneiras

Se você é mulher e sonha em dirigir seu próprio caminhão, aqui vão algumas dicas práticas:

🔹 Obtenha a CNH adequada: Comece com a categoria C, D ou E, dependendo do tipo de carga que pretende transportar.

🔹 Faça cursos de capacitação: Busque programas do SEST SENAT, sindicatos e transportadoras, que oferecem treinamento em direção defensiva, legislação de transporte, eco-driving e cargas especiais.

🔹 Planeje sua inserção no mercado: Inicie com fretes urbanos ou regionais, ganhando experiência antes de assumir rotas mais longas.

🔹 Procure mentorias e grupos de apoio: Existem comunidades de caminhoneiras que trocam dicas sobre segurança, rotas e equipamentos.

🔹 Priorize segurança e saúde: Faça pausas regulares, cuide da alimentação e do sono, use EPIs e mantenha o caminhão sempre revisado.

Seguindo esse caminho, a estrada se torna não apenas um local de trabalho, mas também uma oportunidade de crescimento e autonomia.

Transformando desafios em oportunidades

O setor já mostra sinais de igualdade na admissão e, com mais capacitação, valorização e segurança, é possível reduzir ainda mais o gap salarial e ampliar a participação feminina na profissão. O transporte e a logística sustentam o país, e uma estrada mais diversa e inclusiva fortalece toda a cadeia.

O Brasil Caminhoneiro trouxe esse levantamento para você. Continue nos acompanhando nas redes sociais, no programa de rádio e também na Record TV. A estrada é longa, mas juntos podemos acelerar rumo a um futuro mais justo e cheio de oportunidades!

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