Olá, irmãos e irmãs da estrada!
Atenção total para a rota e o painel: a alta temporada do transporte de cargas já começou! Quem vive do volante sabe que a segunda metade do ano é um período de ouro, com a demanda crescendo a todo vapor. Mas como será que o cenário econômico, político e a nossa agricultura vão pesar nos seus ganhos desta vez?
Preparamos um resumo completo para você ficar por dentro de tudo o que pode acontecer.
Os motores da alta temporada
A alta temporada no transporte rodoviário de cargas no Brasil é impulsionada por dois grandes motores que trabalham juntos:
♦️ O agronegócio: a movimentação da “safrinha” de milho e outras culturas, além do escoamento da soja que ainda está nos armazéns para exportação, garante uma demanda constante por fretes nos portos.
♦️ O varejo: a partir de setembro, o comércio começa a se preparar para as grandes datas do ano, como a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro. Isso aumenta a necessidade de transporte de produtos eletrônicos, roupas, alimentos e bebidas — do centro de distribuição até as lojas e, principalmente, até as casas dos consumidores, com o boom do e-commerce.
O que pode pesar positiva e negativamente nos ganhos
Este ano, a balança entre o que ajuda e o que atrapalha está bem equilibrada. Fique de olho nesses pontos:
A favor do caminhoneiro (pontos positivos)
♦️ Força da safra agrícola: segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a previsão é de uma safra de grãos robusta, mesmo com alguns desafios climáticos. Uma safra cheia significa mais carga para rodar e, consequentemente, mais oportunidades de frete. A força do agronegócio brasileiro é a garantia de que as rodas não vão parar.
♦️ Demanda do e-commerce: as vendas online seguem em crescimento acelerado. Isso gera um volume gigantesco de entregas de pequenas e médias cargas, que muitas vezes pagam bem e mantêm a rota diversificada, especialmente para quem trabalha com entregas urbanas ou de última milha.
♦️ Economia estável: com a inflação mais controlada, a tendência é que o consumo das famílias aumente, o que aquece ainda mais o varejo e movimenta a cadeia de suprimentos de ponta a ponta.
Contra o caminhoneiro (pontos negativos)
♦️ Preço do diesel: este é sempre o principal ponto de atenção. A cotação do barril de petróleo no mercado internacional e as políticas de preços podem gerar surpresas. Uma alta repentina no valor do diesel pode corroer os ganhos, já que o preço do frete pode não subir na mesma velocidade.
♦️ Regulamentação e custos: possíveis mudanças políticas ou regulatórias podem impactar os custos operacionais. É crucial ficar atento a novas regras de emissões ou tributos que possam ser debatidos. Acompanhar as notícias do setor é mais do que necessário.
♦️ Concorrência: com a promessa de mais fretes, muitos motoristas autônomos e transportadoras vão disputar as melhores rotas. A capacidade de negociar e a agilidade para encontrar fretes com boa remuneração serão essenciais para garantir um bom resultado no fim do mês.
A alta temporada é o momento de colher os frutos de uma economia em movimento. Prepare o seu caminhão, planeje suas rotas com sabedoria e negocie seus fretes de olho nos custos. Uma boa temporada se faz com trabalho duro e, principalmente, com informação.
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