(00:04) A empresa especializada em transporte de produtos de alto valor já era parcialmente impactada: cerca de 12 % da sua carga tinha destino aos EUA, e algumas dessas cargas estavam na lista de exceção de 700 itens anunciada pelo governo americano.
(00:41) Após o anúncio do “tarifaço”, a movimentação da transportadora caiu em torno de 16 %, principalmente nos setores de calçados e tecnologias, apesar de algumas isenções de impostos.
(01:44) Rotas aéreas entre Porto Alegre e Guarulhos (destinadas ao mercado americano) foram bastante afetadas — operações de calçados que antes eram frequentes agora ocorrem apenas “uma vez por semana”.
(02:04) Alguns embarcadores redirecionaram cargas para outros países (como China), enquanto outros simplesmente pararam operações ou seguraram mercadorias, agravando o impacto no setor de transporte.
(04:39) Segundo especialistas em logística, o setor de transporte é um dos primeiros a sentir o impacto das tarifas pois os custos aumentam e a competitividade dos produtos brasileiros cai.
(08:03) Em pesquisa da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística, 82 % das empresas relataram redução na demanda de fretes ligados à exportação. Sobre preços de frete: 41 % não viram mudança, 29 % sofreram redução e 29 % verificaram aumento.
(11:27) Diante do cenário adverso, empresas vêm adaptando operações (redirecionando rotas, renegociando contratos). A expectativa é que a solução venha por meio de diálogo e negociação entre Brasil e EUA, já que a situação não pode perdurar por muito tempo.