No início de julho, uma série de manifestações dos caminhoneiros pediam melhores condições de trabalho, levantando entre os vários pontos a questão da infraestrutura das estradas brasileiras. Uma das medidas para acalmar os protestantes foi o adiamento da cobrança do eixo suspenso para veículos comerciais nas rodovias de São Paulo, que havia sido anunciada pela Artesp como forma de evitar o aumento dos pedágios (contratualmente era previsto um aumento de 6,5% em todas as praças da malha estadual no dia 1º de julho).
Quase uma mês depois, com a queda no número e tamanho das paralisações, as concessionárias de rodovias paulistas estão autorizadas a iniciar a cobrança de pedágio dos veículos comerciais contabilizando os eixos suspensos a partir da 0h do próximo domingo, dia 28. Na prática, isso significa que a tarifa dos caminhões passa a ser calculada considerando todos os eixos que compõem os veículos, independente de estarem em contato com o pavimento ou não, assim como já acontece nas rodovias federais. Cabe às concessionárias adaptarem seus sistemas de cobrança e identificação de veículos para efetivar a cobrança.
Para o Governo do Estado de São Paulo, a medida tem como objetivo baixar os custos de transporte e torná-lo mais eficiente e mais seguro, ao reduzir as ocorrências de suspensão de eixo em movimento com o veículo carregado. Além disso, a cobrança de todos os eixos permite uma concorrência mais justa entre os transportadores e reduz o desgaste do pavimento nos casos de peso excessivo por eixo.
A adoção do novo método de cobrança também é necessária para a ampliação do Sistema Ponto a Ponto para os veículos comerciais e sua expansão para todo o Estado. O Sistema, que permite o pagamento de pedágio por trecho percorrido, torna o modelo de cobrança mais justo. Na SP 360 – primeira rodovia a receber o Ponto a Ponto, os usuários economizaram cerca de R$ 600 em um ano de utilização.
Outra ação recente para a redução dos custos com transporte foi a quebra do monopólio na cobrança de pagamento eletrônico de pedágio, o que já resultou na redução dos preços desse serviço.
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