Analise do Murilo

 

O duro período que temos vivido tem mostrado a importância fundamental do trabalho dos caminhoneiros. Não é preciso dizer que o abastecimento de todos os produtos fundamentais para nossa vida são transportados sobre as carrocerias do caminhão.  Desde meados de março, quando a pandemia se espalhou pelo Brasil, as concessionárias de rodovias têm dado apoio importante para a turma do trecho. Fornecem marmitas, desinfetantes, tem até mesmo distribuído tags gratuitos para caminhoneiros autônomos. É ótimo, isso. Mas a gente que está sempre pelo trecho, aqui nestes 25 anos do Brasil Caminhoneiro, sabe que ainda é muito pouco. Há milhares e milhares de caminhoneiros cujo trabalho os leva a percorrer estradas comuns por todo o Brasil. É bom a gente lembrar que o país tem cerca de 2 milhões de quilômetros de rodovias. Apenas  12% são asfaltadas, ou seja pouco mais de 240 mil km. Além disso, somente 12 mil km são concessionadas. Por isso, embora  o trabalho das empresas que administram essas rodovias seja louvável, no restante das estradas ainda é muito precário. 

O caminhoneiro está desassistido na imensa maioria das rodovias. Numa situação de emergência como a que estamos vivendo, será necessário um trabalho bem mais amplo, para que a turma do trecho possa continuar rodando com segurança, mesmo nas estradas administradas pelos estados e municípios.   Aliás, fica aí a dica para os prefeitos, especialmente os que acabam de ser eleitos: dê um trato nas rodovias que cortam seus municípios. Com custos pequenos, podem também apoiar os caminhoneiros que abastecem suas cidades. Seria de grande ajuda.

 

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