Analise do Murilo | Frota de velhinhos

 

 A falta de aposentadoria de milhares de caminhões brasileiros, que já trabalharam mais tempo do que deveriam, está contribuindo para aumentar os riscos nas estradas do país e também a emissão de poluentes. 

Uma pesquisa feita pelo Sindipeças mostra que a nossa frota de 2.028.633 licenciados no Brasil em 2019 está mesmo envelhecendo: em 2014, por exemplo, a idade média dos caminhões que rodavam pelas estradas brasileiras era de 9 anos e sete meses. Neste ano já chegou a 11 anos e sete meses. 

 

Nova pesquisa deverá ser feita em meados do ano que vem. E as perspectivas não são muito animadoras. Nossa frota de caminhões continua envelhecendo. E qual a consequência disso? Mais gastos com peças e concertos, maior índice de poluição e menos conforto para os caminhoneiros quando se compara com veículos mais novos.

Outra coisa a se considerar: os veículos mais velhos estão nas mãos dos caminhoneiros autônomos – a idade média desses caminhões pode chegar a 18 anos. A frota mais moderna, como seria de se esperar, são as das grandes e médias transportadoras, que costumam trocar seus caminhões com cinco ou seis anos. Ou seja, quem corre mais riscos são justamente os autônomos, com menos recursos para trocar seu caminhão. Por isso, o retorno de programas de financiamento com juros menores e maiores prazos deveria  ser prioridade  no ministério de Infaestrutura  – em acordo com o ministério da Economia.

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