Após pódios no fim de 2011, Boessio lamenta abandonos na Truck e altera meta

A aparição no pódio das duas últimas corridas de 2011, com um quinto lugar em Curitiba e a segunda posição em Brasília, alimentou no gaúcho Régis Boessio a expectativa de uma campanha das mais positivas na temporada de 2012 do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Embora veja-se num nível satisfatório de competitividade, os resultados obtidos nas três etapas realizadas até agora estão longe da expectativa traçada pelo piloto.

“Fiquei em quarto lugar no campeonato do ano passado, numa fase de muita evolução, e sabia que agora em 2012 teria a chance de ter um ano ainda melhor. Só que até agora não consegui ficar livre de imprevistos em nenhuma corrida”, observa Boessio. “Nosso nível de competitividade é muito bom, só que o objetivo passou a ser outro. Agora, meu primeiro pensamento é conseguir ir até o fim de uma corrida”, manifesta o gaúcho.

Piloto do Mercedes-Benz número 83 da ABF Desenvolvimento Team, Boessio esteve no grupo dos oito primeiros no grid das três corridas realizadas, algo que só o tetracampeão Wellington Cirino, o tricampeão Felipe Giaffone e o bicampeão Roberval Andrade conseguiram. Ele foi sexto no grid da primeira corrida, no Velopark, sétimo no Rio e oitavo em Caruaru, onde não foi à pista no Top Qualifying por conta de problemas com os pneus.

Boessio relata os problemas enfrentados. “No Velopark, a mangueira de entrada de ar do motor colapsou. No Rio, uma peça de algum caminhão quebrou meu parabrisa. Aí, o ar que deveria ir para o túnel da turbina cortava a cabine, a turbina tinha que girar praticamente em dobro. Lógico, não aguentou. Em Caruaru, levei um toque na primeira volta e saí da pista. Uma pedra bateu no radiador do hidráulico e me deixou sem a direção”, resume.

O único representante gaúcho na Fórmula Truck chama atenção para o fato de todos os problemas terem acontecido quando ocupava posições que o levariam ao pódio. “No Rio eu estava em sexto, mas me aproximando muito do Renato (Martins), seguramente conseguiria passar por ele. Eu sabia que a gente iria andar bem neste ano, e estamos conseguindo, mas é o que eu disse, preciso chegar até o fim das corridas”, pondera Boessio.

Ocupando o 23º lugar na classificação do Campeonato Brasileiro, com os dois pontos que marcou no Velopark – depois do problema no motor, voltou à pista com duas voltas de atraso em relação aos líderes e terminou em 13º –, Régis Boessio promete reação a partir da quarta etapa, no dia 3 de junho no Autódromo Internacional Ayrton Senna, Goiânia. No ano passado, ele subiu ao pódio na etapa goiana em terceiro, depois de largar em quinto.

“Eu vou babando para Goiânia, tenho certeza de que lá a fase desses azares vai passar”, anima-se. “Não fizemos nenhum treino depois da corrida de Caruaru, mas lá mesmo a equipe trabalhou algumas mudanças que deixaram o caminhão muito rápido e muito equilibrado, sem comprometer a durabilidade. A corrida de Goiânia vai ser o início da nossa reação”, promete, manifestando a expectativa de estar no pódio do Grande Prêmio Petrobras.

Foto: Orlei Silva

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