Após cinco anos, as obras de duplicação do trecho mais perigoso da Rodovia Régis Bittencourt (BR 116), na Serra do Cafezal, será entregue nesta quarta-feira (20).
Serão liberados os trechos entre os quilômetros 349 e 354 e entre os quilômetros 357 e 362, na altura de Miracatu, na região do Vale do Ribeira.
O trecho também era ponto constante de congestionamentos, especialmente durante as obras. O investimento total da duplicação é de R$ 1,3 bilhão e as obras foram iniciadas em 2010. Um dos principais objetivos da obra é oferecer mais segurança aos motoristas e também otimizar o tempo de percurso entre a Capital e o sul do País.
Por mais de meio século, a Serra do Cafezal foi considerada um dos trechos mais perigoso das rodovias federais. Trajeto temido até pelos motoristas mais experientes. Com a duplicação, a expectativa é pela redução de acidentes. Em 2012, a estrada registrou 175 mortes em acidentes. Em 2017 foram 76.
O trecho de Miracatu ficou por último na duplicação porque, até 2011, a concessionária não tinha a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para mexer na região. A licença só saiu no fim de 2012, e as obras finalmente começaram no ano seguinte. Centenas de espécies de plantas e de animais foram transferidas para outras reservas. E as máquinas entraram na mata.
Cortando a floresta, passando pelo meio das rochas, 4 túneis e 39 pontes e viadutos foram construídos. Eles vão atender os pelo menos 25 mil veículos passam por dia pela Serra do Cafezal, sendo 60% deles caminhões.