A desaceleração econômica de 2015 causará um reflexo considerável nos preços de caminhões em 2016. Várias das principais fabricantes dos veículos anunciaram recentemente o reajuste no valor das linha dos produtos disponíveis para o mercado nacional, sendo que os custos ficarão entre 5% e 10% maiores.
Dona de um portfólio de modelos que vai do semileve ao extrapesado, a Mercedes-Benz anunciou que a partir do dia 1º de janeiro reajustará o preços de caminhões, ônibus e automóveis. Todos os modelos de caminhões da marca sofrerão reajuste de 5%, enquanto na linha de ônibus o aumento será de 3,5%. Os valores dos automóveis da marca também serão reajustados entre 6% e 10%. “O reajuste é necessário para equilibrar os elevados custos operacionais da empresa e o aumento do câmbio”, afirma Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina.
Já a Scania, uma das empresas que mais sofreu com a queda do mercado, já reajustou em 2015 o custo de seus ônibus e caminhões. Outro aumento, de 7%, está programado para janeiro, completando, assim, o reajuste de 10% na tabela de preços da marca.
Maior concorrente da Scania, a também sueca Volvo anunciou alta um pouco menor, de 8%. “Também haverá aumentos trimestrais em 2016 para compensar os custos de 2015”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil.
A MAN Latin America é outra montadora que adotou uma alta em 2015, de 2%, e terá um segundo acréscimo em janeiro, de 5,5%. De acordo com Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, a empresa precisa “gerar caixa para financiar o plano de investimentos até 2017, que é de R$ 1 bilhão”.
Além disso, a montadora prevê outros dois aumentos, ambos de 7,5%, no ano que vem. “Sabemos que corremos o risco de perder mercado, mas precisamos de caixa.”, afirmou Cortes.
Nova entrante no mercado brasileiro, a DAF tem como vantagem a estrutura enxuta em relação aos concorrentes. Entretanto, mesmo assim será preciso um aumento para equilibrar as contas. O reajuste estará entre 8% e 10% a partir de 1º de janeiro. “A economia brasileira está levando a uma forte pressão nos custos de produção, tornando a medida necessária”, disse o diretor comercial da DAF, Luis Gambim.