Primeiros caminhões com tecnologia autônoma são comercializados no Brasil

Os primeiros veículos com tecnologia autônoma irão trabalhar em ambientes controlados, como lavouras. Apesar da tecnologia, motoristas continuam trabalhando dentro dos caminhões.

Caminhão com tecnologia autônoma já trabalha em lavouras. (Foto: Divulgação Volvo)

A Volvo entregou os primeiros caminhões com tecnologia autônoma no Brasil. Sete unidades foram comercializadas para o Grupo Usaçucar, de Maringá (PR). Apesar da autonomia, os veículos precisam de motoristas. Isso, porque andam sozinhos somente em áreas restritas, sem trânsito, dentro das lavouras de cana de açúcar.

Dessa forma, a nova tecnologia não elimina o papel do condutor. Ele continua responsável por conduzir o veículo até as linhas de plantação e depois para o ponto de descarga, reiniciando o ciclo. “Esta tecnologia não foi concebida para eliminar o motorista. Ao contrário, ajudará em seu trabalho, aumentando a precisão, a produtividade e a segurança”, explica Alan Holzmann, diretor de planejamento estratégico de produto da Volvo na América Latina. “Funciona como num avião comercial: o piloto continua responsável pelas decolagens e pousos. Além disso, ele monitora constantemente o voo, mesmo quando o piloto automático está ativado. O motorista continua acompanhando e cuidando de tudo, mesmo quando o sistema autônomo está conduzindo sozinho”, completa.

Desenvolvimento

O caminhão foi desenvolvido pela área de engenharia avançada no Brasil, com apoio da matriz na Suécia. A Volvo tornou-se a primeira marca a fazer a entrega comercial de um caminhão com tecnologia autônoma no mundo.

O VM é equipado com um avançado sistema que permite a operação em modo autoguiado quando está dentro da lavoura de cana. Durante a colheita, o veículo é capaz de “visualizar” de forma virtual as linhas de plantação e seguir sozinho por elas, sem interferência direta do condutor.

“A precisão de 2,5 cm é um número impossível de atingir por um motorista. Com isso, reduzimos drasticamente as perdas por pisoteamento das mudas novas, um dos maiores problemas de produtividade de nosso cliente”, afirma Holzmann.

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