Oito muros verdes foram implantados na região entre o km 337 e o km 343, Serra do Cafezal, no município de Miracatu (SP). Os muros verdes conjugam técnicas de engenharia tradicional com as potencialidades da vegetação e intervenções de grande resistência, capacidade de suporte e baixo impacto ambiental. É uma alternativa ecológica para substituir os projetos de contenção que utilizam materiais como concreto e cimento.
Seis dos oito muros verdes estão concluídos. Outros dois estão em andamento no km 338,2 e no km 339,6, com conclusão prevista para o final de março. Basicamente, os muros verdes são compostos por camadas de solo compactado do próprio aterro e reforços feitos por meio de geogrelhas – telas em formato de grelha de material plástico tipo PVC (geossintéticos) –, que têm a finalidade de reforçar e estabilizar o solo, por possuírem alta resistência à tração. Na parte frontal dos muros são utilizados sacos preenchidos com terra e adubo junto a placas de grama ou outros tipos de plantas. Com o tempo, a grama que cobre a face do muro faz com que a contenção seja incorporada à vegetação local e à paisagem. Outro aspecto relevante é a verticalidade do muro – a cada 4 metros de altura, ele avança apenas 1 metro na horizontal, minimizando a ocupação da área.
“Os muros verdes são uma excelente opção para a verticalização de aterro, não só pela resistência, mas por ter a vantagem de ser ecologicamente corretos”, comenta o gerente de obras da Paulista Infraestrutura, Wesley Machado. Dependendo dos projetos das obras previstas para a rodovia, mais muros verdes poderão ser implantados ao longo da BR-116 SP/PR.
Foto: Divulgação/Autopista Régis Bittencourt