O desenvolvimento de carrocerias de implementos inteiramente de alumínio e com tecnologia nacional é o objetivo da parceria firmada entre a Associação Brasileira de Alumínio e a Noma, fabricante de implementos rodoviários do Paraná. A matéria-prima permitirá que os veículos comerciais transportem mais carga sem aumentar o peso bruto total. Batizado de “Projeto Carga Seca”, a iniciativa está sendo financiada por um consórcio de 10 empresas do setor de transporte e conta com um orçamento de R$ 300.000,00, e já vem sendo realizado desde 2011, ano em que se iniciou o levantamento de informações estratégicas de mercado.
Até agosto de 2013, serão construídos três protótipos, um deles para exibição e os demais para testes em condições reais de uso em rodovias. A construção dos veículos de testes ficará a cargo da Noma. A produção comercial está prevista para 2014, e foca nos públicos formados por grandes frotistas e por motoristas autônomos.
Segundo um dos consultores do projeto, apesar do alumínio ser mais caro que o aço e a madeira em termos de preço inicial, há inúmeros benefícios financeiros de longo prazo para quem o utiliza. Em um semirreboque graneleiro, o peso cai de nove para sete toneladas, e uma simulação feita pela consultoria do “Carga Seca” demonstra que, no período de um ano, essa diferença corresponde a um lucro 3,6 vezes maior por veículo. E, se considerado um tempo de dez anos de vida útil para o caminhão, uma empresa com frota de 100 veículos teria lucro de R$ 12 milhões com carroceria de aço, e lucro de R$ 42 milhões se elas fossem de alumínio.
(LT)
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