Estabilidade do mercado financeiro favorece financiamentos

Por Fábio Rogério
Da Redação do Portal

Será que este período do ano é o melhor momento para entrar em uma compra financiada de caminhão? Para o presidente da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Décio Carbonari de Almeida, a resposta é sim. Ainda segundo o executivo (na foto acima), a melhor linha para autônomos e transportadoras é o Finame.

Mesmo com a instabilidade do mercado financeiro internacional, o Brasil não demonstra nenhum reflexo grave. “Este ano, com essa crise que vai e vem e a flutuação das Bolsas de Valores, não aconteceu nada. De fato, as taxas de juros caíram, e a expectativa é que permaneçam baixas”, analisa.

Há dois anos, o panorama nacional era bem diferente. “Em 2008, o mercado financeiro secou da noite para o dia. Todos os bancos comerciais restringiram o crédito para pessoa física, e para pessoas jurídicas eles simplesmente pararam de conceder empréstimos. O mercado parou”, relembra Décio.

Quanto a dicas de comportamento para autônomos e transportadoras que pretendem entrar em um financiamento, Décio Carbonari fala que a postura não é diferente daquela adotada por qualquer pessoa física.

“O raciocínio utilizado pela pessoa física vale tanto para o caminhoneiro autônomo quanto para a transportadora. Toda empresa e indivíduo que tem um negócio precisa ter uma visão muito clara de quanto ele está faturando, para ver o que sobra no fim do mês. Esse raciocínio vale para família, empresa, governo, enfim, para todo mundo”, diz o presidente da Anef.

Os valores liberados pelo BNDES

De acordo com o banco estatal, em 2010, os desembolsos para o Finame PSI (ônibus e caminhão) somaram R$ 22 bilhões. O Procaminhoneiro chegou aos R$ 5,7 bilhões.

No primeiro semestre de 2011, o PSI liberou R$ 8 bilhões, 20% menos do que em 2010 (R$ 10 bilhões). A redução foi ainda maior no Procaminhoneiro, que financiou R$ 879 milhões neste ano, 68% menos do que em 2010, quando registrou o desembolso de R$ 2 bilhões.

Em nota, o BNDES argumenta que as quedas no primeiro semestre de 2011 devem-se, em grande parte, ao aumento das taxas de juros e a antecipações de contratos em 2010. A antecipação ocorreu em função da expectativa de término do PSI em final de 2010. Para aproveitar a vigência do programa, pedidos que seriam feitos no início de 2011 foram antecipados para 2010.

Foto: Divulgação Anef

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