A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE) divulgou na segunda-feira (1º) que o número de veículos emplacados em janeiro de 2016 apresentou queda em relação a dezembro de 2015.
O levantamento demonstrou que os números das vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros diminuiu 29,6%, com 260.914 unidades comercializadas, contra 370.990 no mês anterior.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a retração é ainda maior. Em janeiro de 2015 foram emplacados 372.993 veículos, uma diferença de 30,05% em relação ao primeiro mês deste ano.
A queda nas vendas de caminhões foi menos acentuada que o percentual geral, foram 4.348 unidades comercializadas em janeiro, contra 5.578, em dezembro de 2015. Uma queda de 22,05%. No entanto, em relação a janeiro do ano passado, quando 7.677 unidades foram emplacadas, a diferença aumenta para 43,36%.
A pior situação foi notada no segmento de comerciais leve. No primeiro mês deste ano foram comercializados 18.427 unidades, contra 27.437 (32,84% de queda) de dezembro e 37.720 (51,15%) de janeiro de 2015.
Para Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, alguns fatores influenciaram na queda das vendas de veículos. “Começamos o ano sem expectativa de crescimento, porém, os resultados de janeiro não devem ser balizadores para as projeções para 2016, pois este mês é atípico historicamente, e carrega aspectos negativos por algumas razões que não se repetem ao longo do ano. Como ocorre tradicionalmente no mês de dezembro, as promoções atrativas de final de ano se destacaram e os consumidores estavam com mais disponibilidade de recursos, em função do 13º. Salário, provocando alguma antecipação de compra. Esse aumento de demanda no final do ano passado refletiu, diretamente, no baixo desempenho das vendas em janeiro deste ano, que já é um mês mais fraco em função das despesas extras das famílias, com matrículas e materiais escolares, impostos como IPVA, entre outros que inibem investimentos. Esse ano, a retração de janeiro se mostrou ainda mais acentuada na comparação com o mesmo mês de 2015 porque, naquela época, ainda havia veículos disponíveis com redução do IPI, favorecendo o mercado”, explicou o presidente da entidade.
Confira a lista completa:
