Ao percorrer as instalações da Librelato, indústria de implementos rodoviários do Sul do Estado, é possível observar diversos jovens sendo orientados por outros profissionais. Isso ocorre porque a empresa oferece um programa de aprendizagem industrial, realizado em parceria com o SENAI, entidade da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), para capacitar 60 jovens da região. A iniciativa faz parte de uma série de ações voltadas à educação que a indústria promove para tornar-se mais competitiva.
Tainá de Souza, de 18 anos, é uma das beneficiadas pelo programa de aprendizagem. Única mulher do grupo que está se qualificando em mecânica e montagem de implementos rodoviários, ela está muito segura do ofício que escolheu. “Iniciei sem grandes expectativas, mas me encantei com o curso. Ter um curso técnico é bom para o nosso currículo e favorece nosso crescimento profissional”, fala a jovem. Elivelton Gilson, colega de Tainá, segue o mesmo caminho. “Quando entrei na indústria descobri que era esse ramo de implementos que me fascinava”, revela.
De acordo com o coordenador de aprendizagem industrial do SENAI de Criciúma, Cassiano de Medeiros, o curso foi construído para qualificar os jovens em todas as atividades que a Librelato desenvolve. Ao longo das aulas, os alunos conhecerão 22 setores diferentes da empresa. “A teoria é aplicada nas unidades do SENAI, e a prática ocorre dentro da indústria, aliada aos ensinamentos repassados em sala de aula”, explica.
Além disso, a empresa, que é signatária do Movimento A Indústria pela Educação, criou o Programa de Formação Profissional Lussa Librelato, em homenagem ao sócio-fundador, José Carlos Librelato, falecido em setembro deste ano. “Ele foi um dos principais incentivadores da educação em nossa empresa, por isso precisamos dar continuidade ao sonho dele, de ter todos os colaboradores da sua empresa devidamente qualificados”, conta Ivanize Bez Batti Gonçalves, gerente de gestão de pessoas da indústria. Por meio do programa, eles intensificaram a oferta de cursos e hoje todos os colaboradores recebem algum tipo de incentivo para qualificação, seja por meio de cursos in company ou bolsas de estudo.
Na educação de jovens e adultos, por exemplo, o índice de matrículas aumentou 70% desde a adesão ao Movimento da FIESC. “Fizemos investimentos em sala de aula e laboratórios de informática para facilitar o acesso aos estudos. Além disso, o desempenho individual de cada aluno impacta na participação nos resultados”, afirma o CEO da Librelato, José Carlos Sprícigo. Entre os resultados que a empresa já colhe estão o aumento da produtividade e o baixo índice de rotatividade, que não chega a 2%. “Se não tivesse a escola aqui dentro da companhia, eles sentiriam vergonha de frequentar uma escola pública. Hoje, muitos deles sentam-se ao lado dos filhos para estudar”, destaca Sprícigo.
Alan Miranda é um desses alunos. Há quatro anos na empresa, o pintor está concluindo o ensino médio e se preparando para assumir um posto de inspetor da qualidade do setor de pintura. “Ganhei muito profissionalmente. Estou sendo monitorado pelos meus gerentes para aproveitar as vagas que surgem. Não vou desperdiçar nenhuma chance”, declara o trabalhador.
Raiane Becker é outro exemplo do investimento que a empresa faz para a captação e retenção de talentos. Aos 19 anos, ela foi contratada como auxiliar administrativo do escritório central da Librelato após seis meses de estágio agenciado pelo Instituo Euvaldo Lodi (IEL). ”Todo o jovem deve fazer estágio antes de terminar a faculdade pata ter clareza sobre como funciona na prática o ambiente de trabalho”, sugere.
Lançado em 2012, o Movimento A Indústria pela Educação estimula o setor industrial a promover o acesso ao ensino com a ampliação da oferta de serviços educacionais. Até 2014, as entidades que compõem a Federação realizarão mais de 823 mil matrículas em cursos de educação básica, continuada, profissionalizante, executiva, além de capacitações e estágios.
Fonte: FIESC
Fotos: Librelato