Maior parte da malha rodoviária do Piauí apresenta algum tipo de deficiência

Entre 2004 e 2016, 61,8% dos recursos autorizados para o Piauí foram desembolsados

Maior parte da malha rodoviária do Piauí apresenta algum tipo de deficiência (Foto: Divulgação/CNT)

A maior parte da malha rodoviária do Piauí apresenta algum tipo de deficiência. Isso é o que revela a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, segundo a qual, 64,8% (2.212 km) da extensão avaliada no Estado é considerada regular, ruim ou péssima. Para chegar a esse índice, foram levadas em consideração as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via.

Veja também: Mais de 60% das rodovias de Goiás apresentam algum tipo de deficiência

A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 3.417 km das rodovias piauienses. Desses, 1.205 km (35,2%) tiveram classificação ótimo ou bom. De acordo com a CNT, as vias deficitárias do Estado aumentam o custo operacional do transporte rodoviário na região em 23,4%. Isso porque rodovias com deficiência reduzem a segurança, além de aumentarem o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível.

O estudo estima ainda que, para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias e manutenção de trechos desgastados, é necessário investir aproximadamente R$ 1 bilhão em obras.

Pavimento

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 50,8% da extensão avaliada no Piauí, enquanto que 49,2% foram considerados ótimo ou bom; 62,8% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.

Sinalização

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas de sinalização em 68,1% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 31,9%, o estado foi classificado como ótimo ou bom. Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 24,5% apresentaram placas desgastadas ou totalmente ilegíveis.

Geometria da Via

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. A pesquisa constatou que 84,6% da extensão pesquisada não tem condições satisfatórias de geometria; 15,4% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. O Estado tem 99,9% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.

Pontos críticos

A pesquisa identificou, ainda, 11 trechos com buracos grandes e 1 com ponte caída que colocam em risco o condutor ao trafegar pelas rodovias dessa Unidade da Federação.

Investimentos em 13 anos

Entre 2004 e 2016, 61,8% dos recursos autorizados para o Piauí foram desembolsados. No primeiro semestre de 2017, a relação entre total pago e autorizado foi de 20,0%. No Estado, a maioria das intervenções da União no período foram para manutenção de trechos. A BR-101 foi o principal destino dos desembolsos com adequação, seguida das BR-408/104.

Acidentes

Em 2016, foram registrados 1.501 acidentes, com custo estimado de R$ 216,70 milhões.

Com informações da CNT

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