Pesquisa aponta defasagem do frete e queda no faturamento com transporte

NTC divulga primeira pesquisa de defasagem do frete de 2017 em anúncio que ocorreu durante o primeiro dia do CONET em Rio Quente (GO)

Frete

O frete do transporte de cargas no Brasil está defasado, e isso não é novidade para quem vive do setor. No entanto é sempre positivo entender qual é esta realidade em números, e é isso que a primeira pesquisa de defasagem do frete de 2017 da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) faz ao apontar uma defasagem de 24,83% nos valores de fretes de carga lotação e de 11,77%, no caso das fracionadas.

1.785 transportadoras do Brasil foram ouvidas para o levantamento, sendo que 84% destas tiveram uma queda média de 19,13% no faturamento em 2016. A pesquisa foi discutida no Conselho Nacional de Estudos em Transporte (Conet&Intersindical), em Rio Quente (GO) e indica que importantes aumentos de custos no período são responsáveis pelos valores negativos apresentados. Entre estes estão os salários, que subiram em média 8,72%, e o combustível, com alta de 4,25%. As despesas administrativas sofreram aumento de 9,20%. Já a manutenção teve incremento de 6,58%. O preço do veículo subiu 5,61% e a lavagem 8,40%.

Houve também, segundo o estudo, redução drástica do volume de carga, de 6,72% em 2016, de acordo com o índice ABCR de movimento de veículos pesados pelas praças de pedágios.

O presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, salientou a importância do conteúdo apresentado em uma de suas explanações. “É um evento muito representativo, com a presença de empresários e lideranças preocupados com esse setor. Temos gente do Brasil inteiro, e isso é muito importante para nós. O objetivo de todos é basicamente o mesmo: buscar solução para saber o que fazer nas empresas. Este é um ótimo momento para saber o que os empresários pensam”, afirmou.

- Publicidade -