Pesquisa aponta perfil dos caminhoneiros brasileiros em 2016

Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2016 apurou que a média de idade dos motoristas é de 44,3 anos e a renda mensal líquida é de R$ 3,9 mil.

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Idade média do caminhoneiro e da frota, renda mensal, impactos do custo do combustível e muitas outras informações relativas à na vida dos caminhoneiros. Este é o conteúdo da Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2016, a sexta edição do levantamento da Confederação Nacional do Transporte, divulgada nesta quinta-feira (18). A pesquisa ouviu 1.066 caminhoneiros entre autônomos e empregados em todas as regiões do Brasil no período de 4 a 14 de novembro de 2015.

De acordo com a pesquisa, a média de idade dos motoristas é de 44,3 anos. Em média, os entrevistados estão na profissão há 18 anos. Já a renda mensal líquida média é de R$ 3,9 mil, sendo que caminhoneiros autônomos ganham R$ 4,1 mil e caminhoneiros empregados de frota, R$ 3,4 mil.

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A frota tem em torno de 13,9 anos, sendo que os veículos de autônomos tem em média 16,9 anos e os de frota possuem média de 7,5.
Presidente da CNT, Clésio Andrade afirma que a Confederação Nacional do Transporte defende a implantação do plano de renovação de frota, com incentivo a financiamentos e reciclagem. “A proposta está no Plano CNT de Recuperação Econômica, entregue à presidente Dilma Rousseff no final de 2015.”

Ainda segundo a pesquisa, os caminhoneiros rodam cerca de 10 mil km por mês e trabalham aproximadamente 11,3 horas por dia. 86,8% afirmam que houve queda da demanda por seus serviços em 2015. Desses, 74,1% alegam que o motivo foi a crise econômica. No total, 44,8% têm alguma dívida a vencer.

Sobre os entraves da profissão, 46,4% citam o custo do combustível e 40,1% relatam que o valor do frete não cobre as despesas. Outros pontos negativos são: perigo/insegurança (60,6%), o fato de ser uma profissão desgastante (34,9%) e o comprometimento do convívio familiar (32,1%). Em relação aos pontos positivos, eles destacaram a possibilidade de conhecer novas cidades/países (47,0%), a possibilidade de conhecer pessoas (33,0%) e o fato de a profissão ser desafiadora e aventureira (28,5%).

A maioria (88,4%) tem conhecimento sobre a Lei do Caminhoneiro, mas 34,7% não estão satisfeitos e não cumprem o tempo de descanso. Os caminhoneiros reclamam também das más condições de infraestrutura de apoio das rodovias. “O caminhoneiro tem que lidar com as deficiências de infraestrutura nas rodovias do país, tanto pela má qualidade do pavimento e sinalização como pela ausência de pontos de parada adequados e suficientes”, diz Clésio Andrade.

Sobre a saúde, 44,6% procuram profissionais dessa área para prevenir doenças e 24,0% utilizam ou já utilizaram medicamento controlado. Desse total, 57,7% para hipertensão. 59,9% disseram consumir bebida alcoólica apenas aos finais de semana. 45,6% dos caminhoneiros receberam oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas. Do total de caminhoneiros entrevistados, 12,1% chegaram a experimentar.

Veja a pesquisa na íntegra clicando aqui.

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