Pontes e viadutos brasileiros carecem de acostamentos e defensas, afirma CNT

Investimentos para manutenção e adequação de pontes e viadutos caíram entre 2016 e 2017

Maior parte da malha rodoviária do Piauí apresenta algum tipo de deficiência (Foto: Divulgação/CNT)

De acordo com a 21ª Pesquisa CNT de Rodovias, das 10.447 pontes ou viadutos pesquisados em todo o país, 58,6% não possuem acostamentos ou defensas e 7,6% não possuem nenhum dos dois mecanismos de segurança.

Além disso, 1.429 estão localizados em cidades, por onde as rodovias avaliadas transitam em áreas comerciais ou residenciais. Dessas, 79,8% não possuem passagem de pedestre, dificultando a mobilidade local.

Pontes caídas

Os pesquisadores localizaram cinco pontes caídas, em trechos considerados críticos, nos municípios de Chaval (ES), Nova Venécia (ES), Alcântara (MA), Batalha (PI) e São Desidério (BA).

De acordo com o estudo, 94,9% das obras de arte avaliadas, como são conhecidas essas estruturas, são construídas em concreto e 56,6% possuem dimensão entre 10 e 50 metros de comprimento. As pontes são projetadas e construídas para sobrepor barreiras físicas, tais como cursos d’água. Já os viadutos sobrepõem outras vias ou desníveis topográficos.

Investimentos

A pesquisa da Confederação também revelou que os investimentos para manutenção e adequação das obras de arte, assim como para a construção de novas pontes e viadutos, caíram substancialmente entre 2016 e 2017.

Enquanto naquele ano, foram investidos R$ 6,77 milhões para manutenção e adequação, até novembro do ano passado, foram somente R$ 330 mil. O valor também caiu sensivelmente na construção: R$ 304,13 milhões, em 2016, contra R$ 33,44 milhões, em 2017.

Acidentes

Segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre janeiro e outubro do ano passado, foram registrados 841 acidentes em pontes e viadutos de todo o país.

De acordo com o órgão, “um dos agravantes relacionados aos acidentes em pontes e viadutos é o fato de que, nessas obras de arte, normalmente não há área de escape. Tal característica, somada à velocidade incompatível ou à falta de atenção, amplia o risco de queda e, consequentemente, de lesões graves ou mortes”.

Com informações da CNT

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