Porto de Concepción, no Paraguai, é reinaugurado

Porto de Concepción tem capacidade para até 500 toneladas de grãos por hora

Porto de Concepción, no Paraguai, é reinaugurado (Foto: Divulgação)

Foi reinaugurado na terça-feira (20) o porto de Concepción, cidade paraguaia localizada a 220 km de Ponta Porã (MS). A estrutura já recebeu investimento de 7,5 milhões de dólares e a meta é chegar a US$ 12 milhões nos próximos três anos.

A reativação da estrutura portuária, concretizada por iniciativa de um consórcio de empresas paraguaias em parceria com o governo daquele país, faz parte do projeto de tornar a hidrovia Paraguai-Paraná um novo corredor para a soja produzida em Mato Grosso do Sul.

Representantes políticos e empresariais sul-mato-grossenses participaram da inauguração, entre eles o secretário estadual de Infraestrutura Marcelo Migliori e o presidente do Setlog/MS (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) Cláudio Cavol.

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Os primeiros envios de grãos para o porto serão feitos de forma experimental e sairão principalmente da região sul de Mato Grosso do Sul e irão até o país vizinho por rodovia.

O modal de transporte fica a 200 quilômetros de Pedro Juan Caballero/Ponta Porã e tem capacidade para até 500 toneladas de grãos por hora (descarga de caminhões) e 1.400 toneladas hora de elevação de grãos.

Já a capacidade de elevação de barcaças será de 1.000 toneladas hora, o que permite capacidade de armazenamento estático de 34.000 toneladas de grãos, distribuídas em quatro silos verticais e um silo de armazém.

Falta estrutura

Apesar do entusiasmo com a reativação do porto, que abre um novo caminho para o escoamento da soja produzida em Mato Grosso do Sul, especialmente para compradores da Argentina, o sucesso do corredor Paraguai-Paraná depende de medidas urgentes, principalmente do lado brasileiro.

A falta de estrutura da Receita Federal em Ponta Porã é um dos principais entraves. Mesmo antes da abertura do novo corredor, a aduana enfrenta superlotação de caminhões aguardando liberação. Quando as cargas de soja começarem a chegar à cidade com destino ao porto paraguaio, a situação vai se agravar.

Com informações da NTC & Logística e do Campo Grande News

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